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Chefe volta atrás e revela que Mercedes terá atualização na caça à Red Bull

Lewis Hamilton, durante treino livre do GP da Áustria de Fórmula 1 - REUTERS/Leonhard Foeger
Lewis Hamilton, durante treino livre do GP da Áustria de Fórmula 1 Imagem: REUTERS/Leonhard Foeger

Colunista do UOL

02/07/2021 13h05

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Dias depois de afirmar que a Mercedes estava totalmente focada no desenvolvimento do carro do ano que vem e tentaria melhorar o rendimento do carro deste ano por meio da exploração de configurações diferentes, o chefe da equipe, Toto Wolff, reconheceu que o time terá peças novas na próxima corrida, o GP da Grã-Bretanha. Nesta sexta-feira, Lewis Hamilton foi o mais rápido nos treinos livres e Valtteri Bottas ficou em segundo. O líder do campeonato e vencedor das últimas duas corridas, Max Verstappen, foi o terceiro.

Wolff explicou que as peças novas estavam sendo preparadas há algum tempo, mas que agora o trabalho no túnel de vento está totalmente focado em 2022, quando a F1 passa por uma extensa mudança de regras.

"Não teremos mudanças em peças grandes. Haverá mais uma atualização e ela virá em Silverstone. Isso já estava guardado na nossa manga há muito tempo", disse Wolff à TV britânica Sky Sports.

O diretor técnico dos heptacampeões, que estão sofrendo a maior ameaça a seu domínio iniciado em 2014 na Fórmula 1, James Allison, deu a entender que a Mercedes pode ter ainda mais cartas na manga. "Temos um número razoável de coisas que vão tornar o carro mais rápido nas próximas corridas, esperamos que seja suficiente." O britânico se refere tanto a mudanças aerodinâmicas no carro, quanto no motor.

Todas as equipes do grid estão focando a maior parte de seus recursos no campeonato de 2022 por uma série de motivos: o carro será completamente novo e o desenvolvimento em túnel de vento só pôde ser iniciado em janeiro deste ano, sendo o primeiro carro totalmente projetado dentro do teto de gastos de 145 milhões de dólares e contando com motores congelados, de 2022 a 2024. Ferrari e McLaren, por exemplo, que estão em uma briga apertada pelo terceiro lugar no mundial, também já anunciaram que não vão mais colocar novidades em seus carros atuais.

A Red Bull, por sua vez, estreou um novo assoalho na última corrida e está testando uma asa dianteira que pode ser usada mais adiante na temporada. São peças importantes e que estão ajudando o time a melhorar o trato dos pneus, que era o ponto fraco em relação à Mercedes.

Falando em seus, a Mercedes sofreu com o aquecimento do composto mais macio no primeiro treino livre desta sexta-feira para o GP da Áustria, mas no final acabou com os dois primeiros tempos. Hamilton, no entanto, acredita que a Red Bull ainda não mostrou tudo o que pode.

"Nós progredimos um pouco, mas acho que eles continuam com os mesmos dois décimos de vantagem", disse o inglês, referindo-se ao cenário da semana passada, no GP da Estíria, também disputado no circuito Red Bull Ring. "Talvez agora seja um décimo e meio".

Essa melhora da Mercedes já era esperada por Verstappen, que disse que "a briga deveria ser mais apertada" entre eles neste fim de semana. Porém, ela não veio do trabalho do heptacampeão no simulador da equipe nos últimos dias. Hamilton voou para a Inglaterra para testar algumas configurações diferentes, mas elas não funcionaram no treino da manhã, e ele retomou o caminho que tinha seguido no GP da Estíria "com algumas melhoras. Mas agora quero mexer o mínimo possível no carro. É aquela coisa: você não deve consertar o que não está quebrado".

A definição do grid para a nona etapa do ano é neste sábado, a partir das 10h pelo horário de Brasília. E o GP da Áustria será no mesmo horário, no domingo.