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F1: Sem novela desta vez, Hamilton renova por mais dois anos com a Mercedes

Hamilton após o GP da Estíria - Darko Vojinovic - Pool/Getty Images
Hamilton após o GP da Estíria Imagem: Darko Vojinovic - Pool/Getty Images

Colunista do UOL

03/07/2021 05h56

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O heptacampeão Lewis Hamilton assinou a renovação de contrato por mais dois a Mercedes e ficará na Fórmula 1 pelo menos até o final da temporada 2023. O acordo foi fechado rapidamente depois das negociações do outro contrato, apenas para a temporada 2021, terem se estendido até o começo deste ano.

"É difícil acreditar que já estou há quase nove anos trabalhando com esta equipe incrível e estou animado para continuar nossa parceria por mais dois anos. Já conquistamos muita coisa juntos, mas ainda temos muito a conquistar, dentro e fora da pista. Estou extremamente orgulhoso e grato pela maneira como a Mercedes me apoiou no meu esforço para aumentar a diversidade e a igualdade em nosso esporte. Eles assumiram a responsabilidade e deram passos importantes na criação de uma equipe mais diversificada e um ambiente inclusivo", destacou Hamitlon.

"Agradeço a todos os indivíduos dedicados e talentosos da Mercedes cujo trabalho árduo torna tudo isso possível e ao Conselho por sua confiança contínua em mim. Estamos entrando em uma nova era do carro que será desafiadora e empolgante e mal posso esperar para ver o que mais podemos alcançar juntos."

Por que Hamilton não vê decadência da Mercedes?

Hamilton está vivendo seu maior desafio neste ano desde 2014, quando a Mercedes se aproveitou de uma mudança de regulamento nos motores para começar a dominar a Fórmula 1. De lá para cá, eles ganharam todos os campeonatos e Hamilton perdeu apenas um, para o então companheiro Nico Rosberg, em 2016.

Na temporada 2021, contudo, pela primeira vez a Mercedes está sendo seriamente ameaçada por outra equipe, a Red Bull, que lidera os campeonatos de pilotos e construtores. Chegando para a nona etapa da temporada, neste fim de semana, a Max Verstappen tem 18 pontos de vantagem para Hamilton.

A renovação do acordo, contudo, mostra que o inglês não vê esse momento como o início de uma decadência de sua equipe. A Mercedes perdeu terreno neste ano muito em função de mudanças nos assoalhos e no difusor que foram acertadas no final do ano passado com a missão de tornar os carros mais lentos. Isso acabou afetando mais a Mercedes do que outras equipes, mas é algo que só vai influenciar na disputa deste ano, já que a F1 passará por uma extensa mudança de regras em 2022. E é neste projeto em que Hamilton está depositando sua confiança, como lembrou o chefe Toto Wolff.

"À medida que entramos em uma nova era da F1 a partir de 2022, não pode haver melhor piloto para ter em nossa equipe do que Lewis. Suas conquistas neste esporte falam por si só, e com sua experiência, velocidade e habilidade de corrida, ele está no auge de suas habilidades. Estamos saboreando a batalha que temos em nossas mãos este ano - e é por isso que também queríamos fechar este contrato cedo, para que não tenhamos distrações da competição na pista. Eu sempre disse isso, contanto que Lewis ainda tenha vontade, ele pode continuar pelo tempo que quiser."

E Hamilton tem mostrado muita vontade neste ano, animado com a batalha que vem travando com Verstappen após especialmente um 2020 bastante dominante.

Quem será o companheiro de Hamilton?

A questão agora é saber quem será o companheiro de Hamilton. Valtteri Bottas está na Mercedes desde 2017 e é peça fundamental para que a equipe não perca o mundial de construtores neste ano. Por isso, o mais provável é que o time espere por uma reação do finlandês, que começou o ano de maneira muito irregular, para então selar seu destino. O mais cotado para sua vaga é George Russell, que está na Williams e tem contrato com a Mercedes.

Caso a ida de Russell à Mercedes se confirme, não restarão muitas opções para Bottas, uma vez que o mercado de pilotos esteve muito aquecido ano passado, com vários pilotos assinando por mais de uma temporada. Uma volta à Williams é possível, e uma vaga na Alfa Romeo pode ser aberta. O finlandês afirmou que está "com a cabeça aberta" em relação a seu futuro.