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Após a punição de Verstappen pela troca de motor, o que Hamilton vai fazer?
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A Red Bull saiu do GP da Rússia sabendo que ficou no lucro mesmo com a vitória de Lewis Hamilton, da Mercedes. Afinal, Max Verstappen trocou o motor, largou em último lugar por conta disso, e só perdeu sete pontos em relação ao rival, em uma pista na qual a Mercedes era favorita e comprovou isso ao longo do fim de semana.
Com isso, não é esperado que o holandês tenha que usar mais elementos de sua unidade de potência, uma vez que ele tem três motores para alternar nas sete últimas etapas do campeonato, sendo que um deles está praticamente zerado.
A dúvida, agora, é em relação a Hamilton. Assim como Verstappen, ele também tinha perdido uma das três unidades de potência às quais tem direito no ano antes de ter de pagar punições, mas já se tratava de um motor usado apenas nos treinos livres, no fim de sua vida útil. Por outro lado, há dois fatores que a Mercedes tem de levar em consideração: as quebras, tanto vistas na própria equipe, com Valtteri Bottas, quanto entre as suas clientes (a última ocorrendo com Nicholas Latifi na Rússia), e a perda normal de rendimento de uma unidade de potência com muita quilometragem.
Ou seja, embora seja possível, é arriscado para Hamilton fazer as últimas sete provas apenas com as duas unidades de potência que tem no momento sabendo do potencial de quebra. E também, do ponto de vista de performance, o ideal seria que ele tivesse um motor novo para poder usar toda a potência possível, especialmente em momentos-chave como a classificação, a primeira volta do GP, e as voltas logo antes e logo depois das paradas no box.
Por outro lado, adicionar mais uma unidade de potência a sua alocação, o que a Mercedes já definiu que faria em uma das quatro provas até o GP de São Paulo, significa que Hamilton largaria nas últimas posições do grid em alguma destas corridas. Isso, em condições normais, daria pontos de bandeja para Verstappen.
O que atrapalha ainda mais o julgamento da Mercedes é que as duas próximas etapas, Turquia e Estados Unidos, devem ser bastante igualadas em termos de desempenho dos carros de Verstappen e Hamilton. Ou seja, eles só teriam um cenário parecido com aquele que a Red Bull teve na Rússia no GP do México, no início de novembro, prova em que Verstappen é favorito.
Problema de Bottas serve de alerta
A Mercedes vem tendo mais problemas de confiabilidade com seus motores do que normalmente. Bottas já tinha perdido uma unidade de potência em um acidente na segunda corrida do ano e colocou o quarto no GP da Itália, numa troca tática. Mas foi detectado um problema no motor a combustão novo usado pelo finlandês, e a Mercedes aproveitou para trocar também o MGU-H e o turbocompressor em Sochi, para pagar várias punições de uma só vez e ter peças de reposição para o resto do ano.
Hamilton sabe que o mesmo pode acontecer com ele. "No momento, estou cuidando muito dos meus motores por meio da minha pilotagem, tomando cuidado com a aceleração, minimizando as voltas que eu dou", explicou o agora líder do campeonato, com dois pontos de vantagem para Verstappen.
Seu chefe, Toto Wolff, explicou que o motor de Monza de Bottas será inspecionado e pode ser reaproveitado, mas admitiu que há uma preocupação com a confiabilidade. "É sempre uma questão de confiabilidade x performance, é um equilíbrio que você precisa julgar bem. Ter um abandono não seria bom para o campeonato. Nem nós, nem nossos rivais, podem se dar ao luxo de zerar em um fim de semana."
As punições funcionam da seguinte maneira: quando o piloto chega à quarta unidade de qualquer um dos seis elementos que compõem a unidade de potência, ele paga 10 posições no grid por cada (sendo que, acima de 15 posições, ele vai automaticamente para o fundo do grid). A partir da quinta unidade, são cinco posições por elemento. Então trocar uma unidade de potência inteira sempre faz com que o piloto largue no fim do pelotão.
A Mercedes terá uma posição em relação ao motor de Bottas antes da próxima etapa, que será disputada na Turquia, dia 10 de outubro.
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