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Após punições para Hamilton e Verstappen, é o holandês quem levou vantagem
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As duas últimas corridas do campeonato da Fórmula 1 tiveram os rivais na disputa pelo título, Max Verstappen e Lewis Hamilton, sofrendo punições por excederem o limite de elementos de sua unidade de potência. No placar dos pontos perdidos nestas duas provas, há certo equilíbrio: Verstappen perdeu sete pontos para Hamilton quando efetuou sua troca na Rússia, enquanto o inglês perdeu oito para o holandês no último domingo na Turquia. Mas foi Verstappen, que agora lidera o campeonato com seis pontos de vantagem, quem emergiu desta fase da temporada em vantagem.
Isso porque as duas pistas em que os pilotos sofreram as punições eram melhores para a Mercedes do que para a Red Bull. Na Rússia, o time alemão teve que trocar um motor novo de Valtteri Bottas devido a um problema que foi verificado depois da classificação. Na corrida, ele não conseguiu segurar Verstappen, que largara em último. O holandês terminaria, muito provavelmente, na sétima colocação, mas tomou a decisão na hora certa de trocar de pneus quando começou a chover no final da prova, e chegou em segundo.
Em condições normais, sem a troca de motor e sem a chuva que complicou a classificação no sábado e o final da corrida do domingo, a Mercedes teria feito a dobradinha na Rússia, então o resultado acabou sendo bastante positivo para Verstappen.
No último domingo, foi a vez de Hamilton sofrer a punição por usar seu quarto motor a combustão do ano. A escolha da Mercedes de fazer a troca na Turquia teve a ver com os temores causados pela quebra de Bottas, mas também porque a unidade de potência vai perdendo rendimento ao longo de sua vida útil, então é melhor para Hamilton ter um motor mais fresco para a parte final. Além disso, a linha de pensamento do time foi, ao contrário da Red Bull, escolher uma pista em que eles teriam vantagem de performance para pagar a punição.
Após os treinos livres, contudo, ficou claro que ultrapassar na Turquia não seria tão fácil quanto era esperado, e as simulações do time apontavam que, largando em 11º após fazer a pole e levar 10 posições de punição, Hamilton chegaria em quinto em condições normais. No domingo, a pista estava molhada e a corrida foi difícil de ler do ponto de vista estratégico, o que abriu a possibilidade para Hamilton lutar até pelo pódio, mas ele terminou a prova em quinto lugar, com Verstappen novamente em segundo. A boa notícia para a Mercedes foi que Valtteri Bottas conseguiu a vitória, privando o holandês de outros sete pontos.
Troca completa x motor a combustão
Outro ponto diferente entre as punições de Verstappen e de Hamilton é o que foi trocado: no caso do holandês, a Red Bull agora tem uma quarta unidade de potência completa, com todos os seus seis elementos (os motores elétricos, motor a combustão, turbocompressor, etc.), enquanto a Mercedes optou por trocar apenas o motor a combustão de Hamilton (e, por isso, Verstappen largou em último na Rússia e Hamilton saiu de 11º na Turquia).
É bom lembrar que Verstappen perdeu uma unidade de potência completa no acidente do GP da Grã-Bretanha, e por isso havia a necessidade de repor todas as peças. Já no caso de Hamilton, o temor era com a confiabilidade e perda de potência do motor a combustão. O inglês ainda tem todo o restante da unidade de potência que estreou na Bélgica, há cinco etapas, para usar nas últimas seis provas, e tem outra unidade de potência que estreou na sétima corrida, no Azerbaijão, para fazer principalmente os treinos livres de sexta-feira. Isso, além dos três motores a combustão, lembrando que sua primeira unidade de potência já chegou no fim de sua vida útil.
Faltam seis provas para o final do campeonato da Fórmula 1 e, em teoria, serão três provas mais favoráveis à Mercedes (Austin, Qatar e Arábia Saudita) e três em que o carro da Red Bull pode render melhor (México, Brasil e Abu Dhabi). E, após essas duas provas com punições, é Verstappen quem lidera o campeonato, com seis pontos de vantagem para Hamilton. A liderança da tabela já mudou de mãos cinco vezes neste ano.
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