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GP dos Estados Unidos pode confirmar virada da Mercedes no campeonato da F1
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A Fórmula 1 chega aos Estados Unidos, palco da 17ª etapa do campeonato, pegando fogo, após quatro trocas na liderança nas últimas seis provas, e grandes chances de Austin ser a sede de uma quinta mudança. Isso porque Max Verstappen é o líder, com seis pontos de vantagem para Lewis Hamilton, mas é a Mercedes do inglês que tem o melhor retrospecto no Circuito das Américas, e que vem numa crescente nas últimas etapas.
É sabido que a Mercedes optou, há meses, por fazer apenas uma grande atualização no carro, no GP da Grã-Bretanha, em julho, ao passo que a Red Bull de Verstappen preferiu levar peças novas a várias corridas, forçando mais o desenvolvimento ao longo do ano, em sua primeira chance de lutar diretamente pelo título desde 2013.
De Silverstone para cá, uma série de fatores fez com que fosse difícil entender se a Mercedes, de fato, conseguiu melhorar seu carro com as atualizações de Silverstone, que veio depois de uma série de três vitórias de Verstappen. Após a etapa britânica, primeiro a Red Bull não conseguiu se acertar na Hungria, depois veio um fim de semana atípico na Bélgica por causa das condições de tempo, seguido por um GP dominado por Verstappen na Holanda, uma prova em que a Mercedes não conseguiu converter seu bom desempenho em resultado na Itália e uma vitória de Hamilton na Rússia. Para completar, nestes dois últimos circuitos, já era esperado que a Mercedes fosse superior.
Até que chegou o GP da Turquia, em que era esperado um desempenho mais igualado entre os dois carros, e a Mercedes novamente foi superior. De acordo com a Red Bull, isso teria a ver com uma melhora da unidade de potência da Mercedes, mas os dados do crescimento do carro alemão em relação ao restante do grid (inclusive outros times que usam o mesmo motor e que, por regra, teriam à disposição as mesmas atualizações que, por sinal, estão bastante restritas) indicam que é a maior compreensão da atualização de Silverstone que pode estar fazendo a diferença.
Comparando o rendimento em classificação anterior ao GP da Grã-Bretanha e de Silverstone para cá, a Mercedes ganhou até mais terreno em relação a times como Ferrari, Alpine e mesmo McLaren, que chegou a vencer corrida desde então, do que em relação à Red Bull. Isso indica que os rivais na luta pelo campeonato continuam melhorando o desempenho, mas o time de Hamilton está sendo mais eficiente neste sentido.
É por isso que Austin é um tira-teima interessante. Trata-se de uma pista em que a Mercedes tem sido superior nos últimos anos, mas à qual o carro da Red Bull tem motivos para se adaptar bem, já que o nível de pressão aerodinâmica usado é médio, e o asfalto é ondulado, característica em que as suspensões da Mercedes costumam sofrer mais. E as temperaturas também estarão mais altas, no mesmo nível das provas de junho, em que Verstappen se deu bem, e de Zandvoort.
A impressão que fica a respeito da Red Bull depois das dificuldades de acerto na Turquia é que eles já não entendem tão bem o carro quanto antes. Outro ponto a ser observado é que, desde o final de julho, tem chovido em algum momento nas corridas, ou há alguma mudança inesperada de nível de aderência e, nestas situações, a Mercedes, que mexeu menos no carro desde o começo do ano, tem ferramentas para reagir melhor porque buscou entender seu equipamento ao invés de atualizá-lo constantemente.
Do lado dos heptacampeões, embora a Red Bull diga que a unidade de potência dos rivais melhorou, há dúvidas a respeito de sua confiabilidade, o que mascarou a vantagem em termos de performance que a Mercedes teve de Silverstone para cá e também atingiu as clientes.
O GP dos Estados Unidos é neste final de semana, com os treinos livres sendo disputados a partir das 13h30 e das 17h, pelo horário de Brasília. Após a etapa de Austin, restarão cinco corridas para o final do campeonato.
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