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Com Mercedes e Red Bull equilibradas, clima pode ser decisivo no GP de SP
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Max Verstappen venceu as duas últimas corridas da F1, nos Estados Unidos e no México, e tem motivos para chegar animado para a etapa de São Paulo, que será disputada neste final de semana. Isso porque ele também ganhou a última prova realizada no Brasil, em 2019, em um ano no qual a Red Bull era apenas a terceira força no campeonato, indicando que a filosofia do carro se adapta bem a Interlagos.
Mas nem o próprio Verstappen espera ter uma vantagem tão grande em termos de ritmo como no México, e a Mercedes de Lewis Hamilton, que está a 19 pontos do holandês no mundial, também acredita que seu carro vai se adaptar bem a Interlagos, principalmente porque a pista tem uma grande zona de aceleração, desde a Subida do Café até a freada do S do Senna, e a velocidade de reta dos carros pretos tem sido superior.
A expectativa, então, é de um duelo equilibrado, que será decidido nos detalhes. E um deles é a temperatura, como explicou o chefe de engenharia da Mercedes, Andrew Shovlin. "Vai depender do tempo, geralmente o clima lá é muito instável. Dá para ter 50 graus de temperatura de pista em um dia e no outro pode chover. Se a pista estiver quente, acho que ela vai mais na direção deles, e se estiver um pouco mais frio, pode ser bom para a gente. Isso porque quando o fator limitante é o superaquecimento dos pneus traseiros, já vimos que fica claro que eles têm uma vantagem".
A boa notícia para a Mercedes é que uma frente fria chegou a São Paulo no início desta semana, trazendo chuva e diminuindo as temperaturas. A máxima não deve passar dos 20 graus ao longo do final de semana. A última etapa da F1 que teve temperatura semelhante foi o GP da Turquia, vencido com tranquilidade pela Mercedes.
Essa questão da temperatura foi vista no último final de semana, quando a Red Bull teve problemas de aderência na parte decisiva da classificação e, mesmo tendo o melhor carro por todo o final de semana, classificou-se em terceiro e quarto lugares. Com mais calor no domingo e pneus mais duros, eles voltaram a dominar. Isso acontece porque o carro da Red Bull tem uma janela menor de funcionamento ideal que a Mercedes.
Seja qual for o tempo em São Paulo, a expectativa é que esse domínio visto no GP da Cidade do México não se repita. "O carro deles gera mais pressão aerodinâmica que o nosso quando nós colocamos o mesmo tipo de asa traseira, e isso os favoreceu no México. No Brasil, isso não deve ser um problema tão grande, mas é muito difícil prever. Precisamos colocar os pneus na janela correta de funcionamento", disse Shovlin. "É difícil porque, normalmente, quando a gente chega nesta parte da temporada, as performances já não variam tanto. Mas o sobe e desce ainda está sendo grande".
Nas últimas quatro etapas, a Mercedes venceu os GPs da Rússia e da Turquia, e a Red Bull levou Estados Unidos e México. Faltam apenas quatro etapas para o final do campeonato, e a diferença entre as duas equipes é de apenas um ponto.
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