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F1 tem Verstappen na frente, mas é Hamilton quem está melhor em reta final
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Quando Max Verstappen cruzou a linha de chegada na sprint, ele tinha 21 pontos de vantagem para Lewis Hamilton, com 104 pontos ainda em disputa, sabendo que sairia na frente no GP de São Paulo e que o rival largaria em décimo devido a uma punição pela troca do motor. Mas muita coisa mudou desde então: Hamilton bateu Verstappen no Brasil e também na corrida do Catar e deixou a Red Bull confusa a respeito de onde o time tirou tanta velocidade.
Isso porque Hamilton veio como um torpedo em Interlagos passando, um a um, seus rivais e dando a impressão de que o motor a combustão que a Mercedes tinha estreado fez muita diferença, em conjunto com a asa traseira que estava gerando desconfiança da Red Bull ao longo do final de semana, por conta de sua flexibilidade.
No entanto, o jogo virou na etapa seguinte, no Catar: com o motor antigo, que estreou na Turquia e que fazia sua quarta corrida, e com uma asa que se flexionava muito menos do que no Brasil, de acordo com a própria Red Bull, a Mercedes voltou a dominar as ações, dando a impressão de que virou o jogo em relação à rival.
Por outro lado, a Red Bull teve seus próprios problemas: no Catar, eles não conseguiram usar a asa traseira que gostariam, já que uma diferença de pressão aerodinâmica fazia com que o sistema de DRS não funcionasse a contento, e tiveram de utilizar uma asa maior para a classificação e a corrida, o que significou que a velocidade de reta de Verstappen foi menor do que poderia ser, embora o chefe da equipe, Christian Horner, tenha defendido que a asa utilizada era a melhor para o carro na pista de Losail e que o problema na outra peça é de fácil solução para as próximas provas.
Os pneus também foram um desafio, já que foi o dianteiro esquerdo que mais se desgastou e, nas corridas até aqui, sempre que os dianteiros acabam antes dos traseiros, a Mercedes levou vantagem.
Mas isso não explica toda a diferença, nem mesmo é um bom sinal para as duas últimas etapas. A Red Bull esteve mais confortável com a diferença de velocidade de reta no Catar em relação ao Brasil, até porque existe uma tendência ao longo da temporada de a Mercedes usar melhor seus motores quando há menos umidade, e também menos altitude. Porém, as três últimas etapas estão próximas ao nível do mar, e serão disputadas no Oriente Médio.
Além disso, o motor Mercedes tende a render mais que o Honda quando é novo. É por isso que a Mercedes preservou o motor que estreou no Brasil no Catar, e muito provavelmente vai utilizá-lo em Jedá, que se trata de uma pista de rua com longas retas e curvas de alta velocidade. Ali, espera-se que a Mercedes seja, novamente, melhor que a Red Bull, o que deixaria o campeonato praticamente empatado para a última corrida, em Abu Dhabi.
"Acho que vai ser apertado. Sabemos que será assim, e possivelmente a próxima pista favorece a Mercedes", avalia Horner. "Em Abu Dhabi, com as modificações que eles fizeram na pista, não dá para saber, mas será extremamente apertado. Estamos no clímax desse campeonato."
Do lado da Mercedes, o chefe Toto Wolff reconhece que seu time chega embalado para as últimas etapas, embora Hamilton ainda esteja atrás de Verstappen na tabela.
"Acho que nunca deixamos de acreditar que a disputa estava aberta, porque tivemos uma corrida muito forte na Turquia, e depois ficamos abaixo do que esperávamos em Austin e no México. Mas todos na equipe se negam a desistir, e fico feliz que o campeonato tenha virado a nosso favor. Se alguém me dissesse no começo do ano que estaríamos na briga chegando na Arábia Saudita, eu teria acreditado. Espero que vá até o final, e que, quem merecer mais, ganhe."
A próxima etapa será dia 5 de dezembro e a corrida final será logo no final de semana seguinte, dia 12 de dezembro. O campeonato de construtores também está apertado, com Mercedes e Red Bull separadas por apenas cinco pontos.
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