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Quais são as mudanças no palco da decisão da F1 e quem elas vão favorecer?
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Max Verstappen e Lewis Hamilton chegam ao GP decisivo da Fórmula 1 em Abu Dhabi igualados em pontos, com o holandês liderando o Mundial por ter mais vitórias. Por outro lado, a Mercedes vem demonstrando certa vantagem nas últimas etapas, embora o rendimento dos carros esteja muito parelho. Mas e na corrida que vai decidir o título? Uma série de mudanças feitas para tornar as ultrapassagens menos difíceis em Yas Marina complica as previsões.
Foi Verstappen que venceu o GP de Abu Dhabi do ano passado, largando da pole com um carro que foi batido com facilidade pela Mercedes ao longo da temporada. Mas também é verdade que parte das mudanças feitas ameniza as características que fizeram Verstappen andar tão bem em Yas Marina em 2020.
O mesmo pode se dizer da Mercedes, que dominou as provas em Abu Dhabi na era híbrida da F1, vencendo todas as provas entre 2014 e 2019: essa vantagem vinha na longa zona de aceleração plena, de 1.2 km, mas essa já não é mais um aspecto tão dominante do traçado.
Quem explica as mudanças é o italiano Jarno Zaffelli, responsável pela remodelação do circuito, originalmente projetado por Hermann Tilke e que virou sinônimo de uma época na F1 em que acreditava-se que as corridas seriam melhores se curvas de baixa velocidade fossem colocadas antes das retas.
A visão atual é diferente, e foi pensando nisso que Abu Dhabi mudou todos os seus três setores, deixando a pista mais curta, porém muito mais veloz. "As antigas Curvas 5-6-7 agora estão unificadas na nova Curva 5, que está mais rápida do que antes e, consequentemente, temos mais chances de ultrapassagem", explicou Zaffelli. "As antigas Curvas 12-13-14-15 tornam-se a nova Curva 9. Uma freada bem mais leve na Curva 9, que é ligeiramente inclinada, levará os pilotos a uma freada mais forte na T11, com outra oportunidade de ultrapassagem. As chicanes que ficam embaixo do hotel [as antigas 17-18-19-20] agora são as mais rápidas 12-13-14-15."
Essas mudanças geraram quatro pontos de freada forte, que são chances de ultrapassagem. E também corrigiram um problema que atrapalhava os pilotos a seguirem os rivais de mais perto: as curvas com cambagem negativa.
"As curvas de cambagem negativa, como as 11-12-13-14, foram eliminadas. As curvas agora têm uma inclinação de 5%, que permitirá aos carros ir para a seguinte com mais velocidade."
Voltando à briga pelo título, Zaffelli tem dificuldade em fazer uma previsão. Ele acredita que, apesar de as últimas seis corridas de Abu Dhabi terem sido vencidas pelo pole position, agora a classificação não será tão importante, pois será possível ultrapassar na corrida.
"Esse novo desenho, com os dois primeiros setores fluindo de forma rápida, e as curvas fechadas do setor 3, equilibram as forças para os dois carros. Será uma batalha emocionante e que o melhor piloto vença."
De fato, a Mercedes vem tendo vantagem nas retas, embora ela nunca tenha sido tão grande quanto no Brasil, prova em que Hamilton trocou o motor justamente para ter mais potência nas provas finais. A temperatura de pista mais baixa com o cair da noite também é uma boa notícia para o inglês em sua tentativa de conquistar o octacampeonato.
Do lado da Red Bull, o ótimo rendimento da Arábia Saudita, pista em que se esperava que a Mercedes dominasse, mostrou que Verstappen está vivo no campeonato mesmo após três derrotas consecutivas. O holandês sabe que a história da última corrida poderia ter sido diferente sem a batida na classificação ou sem a inversão de posições após levar vantagem durante a primeira relargada em Jeddah. E o carro também se comportou melhor com os compostos C5, osmais macios da gama da Pirelli, na temporada até aqui.
Mas as respostas só começarão a serem dadas nos treinos livres do GP de Abu Dhabi, na sexta-feira. A classificação será às 10h (de Brasília) do sábado e a corrida será no mesmo horário, no domingo, sempre com transmissão da TV Bandeirantes.
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