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Após vazamento de investigação, FIA reafirma que não decidiu futuro de Masi

O australiano Michael Masi (de azul), diretor de corridas da FIA, durante inspeção antes do GP de São Paulo  - Beto Issa/GP de São Paulo
O australiano Michael Masi (de azul), diretor de corridas da FIA, durante inspeção antes do GP de São Paulo Imagem: Beto Issa/GP de São Paulo

Colunista do UOL

29/01/2022 14h54

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A Federação Internacional de Automobilismo se viu obrigada a divulgar uma nota oficial negando que qualquer decisão foi tomada a respeito da análise que está sendo feita sobre a corrida final da temporada de 2021 da F1. Isso aconteceu depois que Peter Bayer, um dos líderes da investigação, deu uma entrevista especulando sobre qual seria o futuro do diretor de prova da categoria, Michael Masi.

Falando ao experiente jornalista austríaco Gerhard Kuntschick, do jornal Vorarlberger Nachrichten, Bayer apontou para a possibilidade de Masi perder parte de seu poder. "Michael fez um grande trabalho de diversas maneiras. Dissemos isso a ele, mas também que há a possibilidade de termos um novo diretor de prova. Estamos estudando dividir as várias obrigações que o diretor de prova tem, já que ele também é o diretor esportivo, delegado de pista e de segurança. Isso é muita coisa. Estes papéis devem ser divididos entre várias pessoas. Assim, o fardo em cima do diretor de prova é reduzido."

A reação da FIA foi quase imediata, divulgando uma nota oficial horas depois da publicação da entrevista. "Neste momento, não tomamos nenhuma decisão a respeito da análise detalhada que está sendo feita a respeito dos eventos de Abu Dhabi. Como foi anunciado anteriormente, os resultados desta análise detalhada serão apresentados na reunião da Comissão de F1, dia 14 de fevereiro depois de uma discussão ampla com todos os pilotos da F1, e finalmente [os resultados] serão aprovados na reunião do Conselho Mundial de Automobilismo, dia 18 de março, no Bahrein."

Até o momento, a questão foi discutida, com a presença de Masi, em uma comissão de consultoria esportiva. E o passo seguinte é ouvir as opiniões de pilotos e equipes até que se chegue a um consenso na reunião do dia 14 de fevereiro.

Divisão de tarefas do diretor de provas era pedido de antecessor de Masi

Masi está no centro da discórdia a respeito de como as regras foram utilizadas nas voltas finais da corrida em Abu Dhabi. O australiano primeiro disse que reiniciaria a prova, neutralizada com um Safety Car, sem que os retardatários saíssem do caminho dos primeiros colocados. Minutos depois, voltou atrás, e permitiu que apenas os cinco carros que estavam entre Lewis Hamilton, líder, e Max Verstappen, segundo colocado, recuperassem a volta perdida. Isso deixou Hamilton exposto ao ataque de Verstappen, que tinha pneus novos, e o holandês venceu o campeonato com uma ultrapassagem na última volta.

Essa não foi a única polêmica em que Masi, que foi alçado ao cargo às pressas após a morte repentina de Charlie Whiting às vésperas do início da temporada de 2019, se envolveu ao longo do ano.

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Diretor de corrida da Fórmula 1, Charlie Whiting concede entrevista coletiva antes do GP do México de 2017
Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Desde a morte de Whiting, a FIA entende que o papel que era desempenhado pelo inglês é demasiadamente amplo. Na verdade, o próprio Whiting já alertava para a necessidade de dividir os cargos, e tinha criado uma vaga mais técnica, com o título de "coordenador esportivo e técnico", ocupada por Marcin Budkowski até sua saída da FIA em 2018. Uma função parecida, com o nome de "chefe de monopostos", era exercida por Nikolas Tombazis até o ano passado. Não se sabe se o grego manterá seu cargo.

O resultado desta análise sobre as decisões de Abu Dhabi é esperado com especial atenção pela Mercedes e Lewis Hamilton. Falando recentemente à publicação alemã Auto Motor und Sport, o chefe do inglês, Toto Wolff, disse que seu piloto só quer "a certeza de que a disputa é justa" para confirmar se continua a correr na categoria.