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Quebra na Haas aponta para problema que pode virar desafio nos testes da F1
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No primeiro dia do retorno dos carros com efeito-solo na Fórmula 1 em quase 40 anos, um problema antigo voltou a ser visto nas retas, e já causou as primeiras "vítimas". Trata-se de um fenômeno que faz o carro subir e descer sem controle e que pode gerar danos no assoalho, como a Haas descobriu, perdendo bastante tempo de pista.
E Mick Schumacher saiu de seu carro acreditando que não foi o único que teve problemas. "Obviamente o assoalho está sendo bem forçado. Acho que todas as equipes têm problemas com isso. É só uma questão de tentar ser o mais rápido ao tentar solucionar esses problemas. Parece ser uma preocupação geral de todas as equipes. Então será algo em que vamos focar. E acho que o primeiro time que solucionar isso estará na frente."
De fato, vários carros apresentaram esse movimento, inclusive surpreendendo os engenheiros, que não tinham previsto isso nas simulações. Esse pequeno sobe e desce vem das diferenças de pressão de ar que passam pelos túneis que ficam na parte debaixo do assoalho e geram o tal efeito-solo. É como se o ar que alimenta esses túneis e gruda o carro no chão fossem carregados, e depois descarregados, criando a diferença de pressão que gera o movimento.
Isso acontece nas retas porque é quando o carro está mais veloz, então o ar está passando debaixo dele também de maneira mais veloz. Isso ter alguns origens, desde um problema na alimentação destes túneis, até a dificuldade de "selar" os lados do assoalho para manter a pressão igualada.
O nome dessa movimentação tem uma origem curiosa. O termo usado em inglês é "porpoise", ou toninha, em português. Isso porque o movimento se assemelha ao dessa espécie de golfinho na água.
O repórter da Sky Sports britânica, Craig Slater, até tentou imitar o movimento para explicar o fenômeno:
Nos testes de Barcelona, várias equipes receberam novos assoalhos ao longo do primeiro dia de atividades, mas isso não é incomum durante a pré-temporada, uma vez que elas já preparam atualizações para os carros. Mas, se Schumacher estiver correto, isso também pode significar que outros times estão com dificuldades mais sérias.
Também é fato que as equipes estão optando pela cautela neste início de pré-temporada, andando com os carros mais altos para tentar entender o que está acontecendo. Quando eles estiverem buscando mais performance, o que deve acontecer mais na segunda bateria de testes, no Bahrein, entre 10 e 12 de março, terão de correr mais riscos.
Para Norris, carro ficou "um pouco lerdo"
Pilotar um carro com efeito-solo pela primeira vez não chamou tanto a atenção dos pilotos quanto a diferença de peso dos novos F1. Ela veio do aumento do tamanho das rodas e dos pneus, e também de itens de segurança que foram adicionados na estrutura do cockpit, totalizando no mínimo 43kg a mais em relação a 2021.
"O aumento de peso faz uma diferença enorme na hora de pilotar", disse Lando Norris, o mais rápido do primeiro dia de testes. "Parece um pouco mais lento, um pouco mais lerdo. É como se a gente fizesse algo como uma volta de classificação com todo o combustível, comparando com o ano passado."
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