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Segundo dia de testes da F1 tem Red Bull parada e carros saltando na pista
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Depois de quatro equipes superarem a marca de 130 voltas no primeiro dos testes da nova geração de carros da Fórmula 1, a Red Bull foi a primeira entre as favoritas a perder muito tempo de pista com um problema no carro. Sergio Perez parou o RB18 na pista, causando a primeira bandeira vermelha dos testes, no final da sessão da manhã, e passou quatro horas nos boxes. O dia fechou com Charles Leclerc da Ferrari em primeiro, Pierre Gasly da AlphaTauri em segundo e Daniel Ricciardo da McLaren em terceiro.
A classificação final, no entanto, ainda não é tão relevante quanto conseguir completar os programas de cada dia sem problemas. A Red Bull confirmou que o carro teve uma quebra relacionada ao câmbio, mas não deu mais detalhes. No primeiro dia de testes, Max Verstappen deu quase 150 voltas com o mesmo carro.
Outra bandeira vermelha foi causada por Nikita Mazepin, da Haas, time que também sofreu no primeiro dia de testes. A parada ocorreu por um problema de bomba, algo que também atrapalhou a manhã da Williams.
Quem também não conseguiu a quilometragem que queria foi a Alfa Romeo. O time já perdeu tempo de pista na quarta-feira, e seguiu permanecendo por longos períodos nos boxes. Valtteri Bottas, que pilotou o carro pela manhã, deu apenas 21 voltas, e sua entrevista programada para a tarde até foi cancelada porque o finlandês não tinha muito o que dizer. Para efeito de comparação, Carlos Sainz deu 71 voltas com a Ferrari pela manhã.
À tarde, na mão do estreante Guanyu Zhou, a Alfa Romeo conseguiu rodar mais. O time foi um dos que mais sofreram no primeiro dia com o movimento de sobe e desce do carro nas retas, que tem a ver com o efeito-solo, que voltou aos carros da F1 após quase 40 anos. Novas peças chegaram para tentar remediar o movimento, que vem do acúmulo e perda, em sucessão, de pressão aerodinâmica no assoalho do carro.
Carros 'saltando' na reta geram preocupação entre as equipes
A maioria dos times está sofrendo com isso, em maior ou menor escala. "Acho que a maioria de nós subestimou o problema e está saltando mais na pista do que esperava", admitiu Mattia Binotto, chefe da Ferrari. "Solucionar isso pode ser bem simples. Mas otimizar a performance sem que haja um comprometimento pode ser um exercício menos fácil."
"Então tenho certeza de que todos vão solucionar isso. Quanto tempo vai demorar? Acho que os times que entenderem isso mais depressa terão uma vantagem no começo da temporada", projetou o chefe ferrarista.
Na tarde do segundo dia de atividades, esse efeito já não era tão observado entre os carros quanto no primeiro mas, como disse Binotto, quando eles buscarem performance, o equilíbrio pode ser mais difícil de ser encontrado.
Isso porque ainda não vimos sinais claros de simulações de classificação ou uma preocupação com os tempos de volta. Nesta primeira fase dos testes, as equipes focam em dar quilometragem ao carro, ver como tudo reage, e também a fazer validações em relação ao que eles observaram em suas simulações nas fábricas. É por isso que, principalmente de manhã, vários carros estavam equipados com grades que medem o fluxo de ar e equipes como a Mercedes faziam voltas em velocidade constante. Ambos têm esse mesmo objetivo de gerar dados aerodinâmicos confiáveis para os engenheiros trabalharem.
Os times também já começam a experimentar com os acertos do carro, entendendo como ele responde a diferentes mudanças. Só depois que todas estas informações forem cruzadas que começa o foco em fazer o acerto fino para tirar o máximo de performance dos carros.
Os carros voltam à pista de Barcelona nesta sexta-feira para o último dia de testes desta bateria. A segunda parte da pré-temporada será já no palco da primeira corrida do ano, no Bahrein, entre os dias 10 e 12 de março, uma semana antes do início da temporada.
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