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Fórmula 1 anuncia o cancelamento do GP da Rússia devido à guerra na Ucrânia
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Menos de 24h depois de emitir comunicado dizendo que estava "seguindo de perto" os acontecimentos na Ucrânia, a Fórmula 1 decidiu cancelar a corrida que faria na Rússia em setembro. A decisão veio após uma reunião de emergência convocada pelo CEO da categoria, Stefano Domenicali, que contou com os chefes de todas as equipes.
Em comunicado, a categoria afirmou que é "impossível" manter o GP devido aos atuais acontecimentos. "O campeonato visita países por todo o mundo com uma visão positiva de união entre as nações. Estamos assistindo aos acontecimentos na Ucrânia com tristeza e choque e esperamos que haja uma solução rápida e pacífica para a situação atual."
O GP da Rússia estava marcado para o dia 25 de setembro. A corrida é realizada desde 2014 em Sochi, no sudoeste do país, financiada com dinheiro privado, mas vindo de empresas com forte associação ao Kremlin. Vladmir Putin, inclusive, esteve em várias edições da prova e inclusive participou da cerimônia do pódio.
Outra decisão que será tomada em breve é em relação ao patrocínio da empresa russa UralKali na equipe Haas. Nesta sexta-feira (25), o time optou por retirar todas as menções à equipe e à bandeira russa do carro e dos boxes e caminhões da equipe, que participa do último dia da primeira bateria de testes da pré-temporada da Fórmula 1. O futuro da parceria e também do piloto russo Nikita Mazepin, cuja vaga é atrelada ao dinheiro da empresa, de propriedade de seu pai, será avaliado na semana que vem, segundo o chefe da Haas, Guenther Steiner.
A decisão da Fórmula 1 marca uma mudança em relação ao histórico da categoria, que sempre se afastou de questões políticas. O grande exemplo disso na história do esporte foi a insistência em correr na África do Sul durante o apartheid.
É bom salientar que o anúncio deixa em aberto uma possível retomada do GP caso a situação se resolva, uma vez que o texto se refere às "circunstâncias atuais" e a prova estava marcada somente para setembro.
Caso o cenário mude e a categoria volte atrás, pelo menos um piloto já indicou que não pretende ir ao GP da Rússia. "A minha opinião é que de não devemos ir. Eu não vou", disse Sebastian Vettel em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (24). "Acho que é errado correr naquele país. Sinto muito pelas pessoas, pessoas inocentes que estão perdendo suas vidas, sendo mortas por motivos estúpidos. Um homem muito estranho e uma liderança maluca", disse o tetracampeão, referindo-se ao presidente russo, Vladmir Putin. "É algo que vamos discutir, mas a associação de pilotos ainda não se reuniu. Pessoalmente, estou chocado e triste com o que está acontecendo. Veremos o que acontece, mas eu acho que minha decisão está tomada".
A Fórmula 1 se prepara para a temporada mais longa de sua história em 2022, com 23 corridas. Como tem ocorrido com as provas canceladas devido à pandemia, o GP russo deve ser substituído. A candidata mais óbvia é a Turquia por questões logísticas, já que a prova em Sochi seria a primeira de uma sequência de três GPs em finais de semana seguidos, antes de Singapura e Japão.
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