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Haas quebra contrato de Nikita Mazepin e patrocinador russo devido à guerra
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A equipe norte-americana Haas anunciou que rompeu os contratos de sua patrocinadora principal, a UralKali, e seu piloto, Nikita Mazepin. A decisão vem depois que a própria Fórmula 1 anunciou ter encerrado o contrato com o GP da Rússia, que era válido até 2025.
Em relação ao substituto, a Haas informou que fará um anúncio no começo da semana que vem, antes da segunda bateria dos testes de pré-temporada, entre 10 e 12 de março, no Bahrein.
Apesar de ter perdido o patrocinador principal, a Haas não se encontra em uma situação delicada financeiramente no momento, até porque a UralKali, do ramo de fertilizantes, havia feito um pagamento adiantado de pelo menos parte do investimento anual, algo que não é incomum na F1.
Isso dá certa tranquilidade para o time entender qual é a melhor opção a longo prazo. Como substituto imediato, o time tem o brasileiro Pietro Fittipaldi.
Pietro está na equipe desde 2019, primeiro como piloto de testes e, a partir de 2020, também como reserva. Ele já assumiu o cockpit da Haas quando Romain Grosjean sofreu um acidente, disputando os GPs de Sakhir e Abu Dhabi de 2020.
Após o anúncio do fim de seu contrato, Mazepin postou em suas mídias sociais que essa havia sido uma decisão unilateral. "Estou muito desapontado ao ouvir que meu contrato na F1 foi cancelado. Embora eu eu entenda as dificuldades, as decisões da FIA, minha vontade de aceitar as condições propostas para que eu continuar competindo tenha sido totalmente ignorada. Nenhum processo foi seguido nesta decisão unilateral. Agradeço eternamente àqueles que tentaram entender. Eu curti meus momentos na F1 e espero que possamos voltar a estar juntos em tempos melhores. Terei mais coisas a dizer nos próximos dias."
A trajetória de Mazepin no automobilismo foi marcada por polêmicas, desde uma suspensão por ter agredido outro piloto, Callum Ilott na F3, a um vídeo em que aparece tocando os seios de uma mulher claramente embriagada, que tenta se afastar dele. Nas pistas, ele ficou a um ponto de ser suspenso na F2 por estourar o limite de pontos vindos de punições, muitas delas resultado de comportamento agressivo na pista.
Na F1, ele acabou não tendo muitas oportunidades de disputar posições com outros pilotos. Em sua única temporada completa na categoria, correndo pela pior equipe e com um companheiro, Mick Schumacher, que também era novato, os dois se acostumaram a fechar o pelotão. Mas o ritmo de Schumacher era sempre muito superior. Em classificações, não raro a diferença entre os dois era de mais de meio segundo, algo incomum entre pilotos de F1. E, principalmente na segunda metade do ano, em algumas oportunidades nas quais os dois se encontraram, isso gerou problemas para a equipe.
O clima interno ruim ficou claro nas gravações do seriado da Netflix que mostra os bastidores da F1, "Dirigir para Viver", cuja quarta temporada estreia na semana que vem.
A temporada da F1 começa com o GP do Bahrein, dia 20 de março.
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