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Como problemas nos freios mudaram o tom da pré-temporada da McLaren na F1
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A segunda bateria de testes da pré-temporada da Fórmula 1 da McLaren é a prova de como as equipes ainda têm muito o que aprender sobre as novas regras da categoria e tudo o que pode mudar nos diferentes cenários. O time teve um ótimo início de testes em Barcelona, era um dos carros que menos sofria com os saltos que os rivais estão dando em alta velocidade, os pilotos estavam contentes. Até que tudo começou a dar errado quando o carro saiu para a pista com muito mais calor no Bahrein nesta semana.
O carro passou a ter problemas crônicos nos freios dianteiros, literalmente cozinhando as peças. Por conta disso, o time preferiu ficar menos tempo na pista para evitar acabar com suas peças de reposição, enquanto buscava uma solução para o problema.
Quando o carro esteve na pista nos dois primeiros dias de teste, foi para fazer sequências mais curtas de voltas para evitar que o problema se agravasse a ponto de obrigar a trocar peças relacionadas ao freio. Isso significa que o programa de testes não pôde ser seguido, algo ruim para uma equipe que tinha várias novidades para serem testadas no Bahrein, inclusive um assoalho novo, lembrando que esta é a peça mais importante e influente no novo regulamento.
Contudo, como a primeira corrida será também no calor do Bahrein, o time tem de deixar o teste das novas peças de lado para focar em encontrar uma solução para a questão dos freios. Pelo que se viu no teste, o carro dificilmente terminaria as 57 voltas do GP do Bahrein, que marca o início da temporada dia 20 de março, se a corrida fosse neste domingo.
"Acho que nós identificamos possivelmente o motivo para o fato de que a realidade de andar na pista está sendo diferente do que víamos no computador, e estamos ajustando isso", disse o diretor técnico James Key.
Embora esteja muito quente no Bahrein (a temperatura chegou aos 37 graus na sexta-feira), a pista barenita em si não é especialmente dura com os freios, e por isso a preocupação para a temporada se justifica. "Quando você faz um carro, você sempre projeta tudo pensando no pior cenário possível para os freios, então tem algo errado na correlação [entre os dados da pista e das simulações]."
Key apontou ainda outro elemento: os carros estão mais rápidos do que era previsto. A fornecedora de pneus Pirelli inclusive divulgou que o nível atual dos carros é o que era esperado para o final do campeonato, já depois de todo o processo de desenvolvimento ao longo da temporada. Ou seja, os carros chegam mais velozes ao ponto de freada e isso altera a necessidade dos freios de dissipar toda a energia.
"Quando você está mais veloz, todas essas condicionantes também sobem. Então temos trabalho pela frente", reconheceu o engenheiro.
Os carros estão bem mais pesados neste ano, quase 50kg, então os freios têm mais trabalho. E também houve mudanças no regulamento nesta área.
Não que este tenha sido o único problema da McLaren. O time não contou com Daniel Ricciardo em nenhum dos três dias de testes no Bahrein, já que ele começou a se sentir mal na noite da quarta para a quinta-feira, quando esta segunda bateria teve início. E, na sexta-feira, ele testou positivo para Covid-19. A boa notícia é que ele já estava se sentindo melhor quando recebeu o resultado do teste, e agora terá de respeitar o isolamento de sete dias. Isso significa que ele estará liberado para os primeiros treinos livres do GP do Bahrein, dia 18 de março.
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