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F1 mantém GP da Arábia Saudita, mas libera quem não quiser participar
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A Fórmula 1 decidiu ir adiante com o GP da Arábia Saudita após uma base da petrolífera Aramco a 12 km do circuito que recebe a categoria neste fim de semana ser atacada nesta sexta-feira. De acordo com o chefe da Mercedes, Toto Wolff, foi uma decisão unânime, mas a F1 deu às equipes a liberdade de optar por correr ou não.
O mesmo ocorre com os pilotos, embora todos tenham permanecido no prédio em que foi realizada a reunião na qual foi definido que o evento seguiria adiante. Após esse encontro, os pilotos fizeram seu briefing com a direção de prova normalmente, como ocorre toda sexta-feira após os treinos livres para discutir questões relacionadas à pista.
O ataque à base da Aramco, que patrocina a F1 e a Aston Martin, aconteceu durante a primeira sessão de treinos livres e uma fumaça preta começou a ser vista no horizonte. Esse foi o segundo ataque feito com sucesso pelo grupo rebelde Houthi, do Iêmen, país vizinho com o qual a Arábia Saudita está em guerra desde 2014, apenas nesta semana.
Em um primeiro momento, tudo seguiu normalmente no paddock, com o brasileiro Felipe Drugovich fazendo a pole position na F2. Mas antes do segundo treino livre, a F1 convocou uma primeira reunião, que acabou se estendendo e provocando o atraso de 15 minutos da sessão. Nela, ficou decidido que um segundo encontro seria necessário.
A categoria está confiando nas autoridades sauditas, que garantem a segurança do evento da F1.
Diferentemente da estreia do GP em dezembro do ano passado, há detectores de metais nas entradas e o promotor garante que todo o esquema de segurança está reforçado.
Mas os Houthis já avisaram, ao assumirem a autoria do atentado, que não vão parar enquanto não "atingirem seu objetivo". Dentro deste contexto, está claro que seria uma demonstração de fraqueza dos sauditas cancelarem um evento de grande exposição internacional.
No mês passado, a F1 cancelou um contrato no valor total de 200 milhões de dólares com o GP da Rússia devido à guerra com a Ucrânia. O acordo com os sauditas, que começou a valer em 2021, é de 15 anos. A Aramco passou a patrocinar a categoria em 2020.
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