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Leclerc na ponta, Verstappen à caça: o que esperar do GP da Austrália de F1

Charles Leclerc, pole position para o GP da Austrália, em ação durante a sessão classificatória em Melbourne - Ferrari
Charles Leclerc, pole position para o GP da Austrália, em ação durante a sessão classificatória em Melbourne Imagem: Ferrari

Colunista do UOL

09/04/2022 11h16

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O GP da Austrália está se desenhando para ser outra disputa entre Charles Leclerc e Max Verstappen nos mesmos moldes das duas primeiras corridas do ano: o monegasco da Ferrari larga da pole position, mas o segundo colocado Max Verstappen acredita que tem um carro melhor para a corrida, que tem largada às 2h da madrugada do sábado para o domingo. A diferença é que ambos se sentem mais perdidos em relação ao rendimento de seus carros para a corrida, depois de treinos livres interrompidos por bandeiras vermelhas.

Na última corrida, na Arábia Saudita, Leclerc vinha em primeiro até as últimas voltas, mas acabou sendo ultrapassado por Verstappen após uma batalha tática envolvendo as zonas de detecção do DRS e a maior velocidade de reta da Red Bull. Na Austrália, o DRS também deve ser muito importante porque são três zonas de acionamento e, devido a mudanças feitas na pista para este ano, os pilotos acreditam que será mais fácil ultrapassar.

Porém, diferentemente de Jeddah, a Ferrari não optou por um acerto totalmente voltado a prevenir o desgaste acelerado dos pneus e a velocidade de reta está mais parecida com a da Red Bull. O ponto negativo dessa escolha são os quiques que, como explicou Leclerc "foram a parte ruim" da volta que ele deu para ser o pole position. "Vou tentar não comer muito antes da corrida", brincou Leclerc, referindo-se ao amigo Pierre Gasly, que também pilota um carro que sofre muito com as chamas golfinhadas e passou mal depois do GP da Arábia Saudita. O fato é que a Ferrari fez uma boa simulação de corrida na sexta-feira, mas isso tem sido o caso neste ano, embora a diferença em relação à Red Bull seja ínfima.

No sábado, a Red Bull de Verstappen começou mal em termos de equilíbrio, mas parece ter retomado o ritmo antes da classificação. Até porque o holandês, que chegou a esmurrar o volante durante a terceira sessão de treinos livres, estava bem mais confortável com o carro na tomada de tempos. "Há algumas curvas em que sinto que está tudo bem, mas depois eu acho que freio no lugar certo e perco a curva. Não é consistente o suficiente. As coisas não estão se encaixando até o momento. Mas na corrida tudo se estabiliza em termos de temperatura de pneu, etc. É tudo mais normal."

Mais atrás, o companheiro de Verstappen, Sergio Perez, não terá a companhia de Carlos Sainz da Ferrari porque "tudo o que podia dar errado, deu" para o espanhol, em suas próprias palavras, durante a classificação. Sainz larga em nono, então a presença de Perez pode dar à Red Bull uma chance dupla de fazer a diferença na estratégia na corrida.

Lando Norris foi a surpresa na classificação, colocando a McLaren em quarto lugar. A equipe acredita que a pista de Melbourne responde a "80%" pela melhora de performance em relação às duas primeiras corridas e não ter certeza se podem ficar à frente das duas Mercedes, que se colocaram em quinto e sexto lugares no grid.

Sem novidades em Melbourne, a Mercedes já sabia que teria dificuldades e o fato de o novo asfalto não ter acabado com as ondulações do circuito também não ajudou Lewis Hamilton e George Russell, que alinham em quinto e sexto. De qualquer maneira, o carro tem mostrado ritmo para ser o terceiro melhor na corrida e o fato de só Norris estar à frente deles é um alento.

Isso porque especialmente Fernando Alonso estava colocando a Alpine à frente da Mercedes durante o final de semana. O espanhol, contudo, teve um problema hidráulico na classificação, acabou batendo por conta disso, e largará apenas em décimo.