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Leclerc domina na Austrália e Red Bull tem novo problema com combustível
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Charles Leclerc desfez todas as escritas do GP da Austrália nos últimos anos para conquistar o primeiro grand chelem da carreira, com pole position, volta mais rápida e vitória liderando todas as voltas da terceira corrida de 2022 e se consolidando como líder do campeonato. Desta vez, inclusive, o abandono do rival Max Verstappen sequer foi um alívio, já que o holandês não conseguiu pressioná-lo a não ser na primeira volta e nas duas relargadas antes da quebra da Red Bull na volta 39.
Nos últimos oito anos, o pole position sequer tinha conseguido terminar em primeiro em quatro provas e só tinha vencido uma delas. A única vitória de um pole tinha sido de Lewis Hamilton em 2015. O inglês tem um histórico de ser o mais rápido do sábado por oito vezes em Melbourne, mas sofrer para vencer, ainda que sua Mercedes tenha dominado as corridas no Albert Park na era híbrida da F1, com quatro vitórias em cinco oportunidades.
Desta vez, o time alemão saiu no lucro com o terceiro lugar com George Russell e o quarto com Lewis Hamilton. Já na classificação, eles se colocaram à frente de carros mais rápidos, como Carlos Sainz, companheiro de Leclerc que teve uma série de problemas no sábado e no domingo, vendo sua corrida acabar logo no início, e Fernando Alonso, particularmente veloz neste fim de semana, mas que sofreu com um problema no carro na classificação que o colocou em décimo no grid.
Somado a isso, pela segunda corrida em três etapas, a Mercedes se aproveitou de problemas da Red Bull. No Bahrein, os dois carros tiveram problemas de combustível. E, na Austrália, Verstappen afirmou que a equipe já tinha indicativos mesmo antes da largada de que "seria difícil ver a bandeirada". Os problemas teriam sido também na parte de combustível, mas não seriam os mesmos da etapa que abriu o campeonato.
No Bahrein, faltou combustível para ser bombeado. Desta vez, o abandono foi devido a um vazamento de acordo com o chefe Christian Horner.
Não que este tenha sido o único problema. O carro da Red Bull parecia mais arisco que a Ferrari, comportamento que foi observado na classificação mas que os pilotos esperavam que diminuísse na corrida. Isso prejudicou a conservação dos pneus e também ajudou Sergio Perez a dar uma escapada durante a prova.
Os problemas significaram que a Red Bull não tinha carro para desafiar a única Ferrari ainda no páreo, e Perez chegou em segundo a mais de 20s de Leclerc. A briga do mexicano foi com as Mercedes depois que Lewis Hamilton pulou para terceiro após uma ótima largada e, mais adiante na corrida, quando George Russell se aproveitou de uma parada feita durante um período de Safety Car para passar Hamilton e Perez. Com um rendimento claramente superior em Melbourne, até porque a Mercedes não levou atualizações para a corrida, o mexicano superou ambos os pilotos na pista.
Russell chegou em terceiro, o que o coloca na segunda posição no campeonato, atrás de Leclerc. O monegasco tem 34 pontos de vantagem para o inglês e 46 para Verstappen, que venceu uma corrida e abandonou duas. Sainz caiu de segundo para terceiro no campeonato com o abandono, Perez é quarto e Hamilton aparece em quinto, três pontos à frente de Verstappen.
O GP da Austrália também foi positivo para a McLaren, que teve um fim de semana sólido depois de levar poucas novidades para Melbourne, mas contar com uma boa adaptação à pista e também com a compressão dos problemas que vêm dificultando a vida do time desde os testes. A equipe pontuou com ambos os carros, em quinto e sexto, e agora está em quarto no campeonato, na frente da Alpine, que acabou perdendo uma boa chance de marcar bons pontos, já que Alonso tentou fazer a estratégia de largar com os pneus duros, os melhores para Albert Park, e por conta disso acabou não conseguindo aproveitar os Safety Car para minimizar seu tempo com os médios como fizeram vários rivais ao redor.
Falando em minimizar o tempo de pista com os médios, Alex Albon marcou um ponto com a Williams fazendo uma estratégia ousada: ele usou os pneus duros até a penúltima volta, quando entrou para trocá-los pelos macios e chegar em décimo.
A próxima etapa da Fórmula 1 será em duas semanas, em Imola, na Itália. Lá, são esperadas atualizações maiores nos carros, que podem começar a mudar o curso do campeonato.
- Confira os comentários de Fábio Seixas e Flavio Gomes sobre o Grande Prêmio da Austrália de F1:
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