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Dieta continua no carro da Red Bull, mas agora é Ferrari que busca reação
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A quarta etapa do campeonato da Fórmula 1, disputada no último final de semana, na Itália, só não foi perfeita para a Red Bull porque Sergio Perez não se classificou bem na sexta-feira e, com isso, ficou em terceiro na sprint. De resto, Max Verstappen conquistou todos os 34 pontos em jogo e o mexicano completou a dobradinha do time, que vinha pressionado depois de ver três quebras entre os dois carros nas primeiras provas, no domingo.
Parte do motivo do ótimo desempenho em Imola tem a ver com as novas peças que a equipe estreou no GP da Emilia Romagna e que tinham como grande foco diminuir o peso do carro. Calcula-se que a Red Bull tenha perdido perto de 4kg, lembrando que cada 10kg na F1 corresponde a cerca de 3 a 4 décimos por volta. E o consultor Helmut Marko disse que a dieta continua.
"Ainda temos muito o que fazer nesta área porque ainda estamos acima do limite mínimo da FIA. Isso significa que temos de trabalhar para chegar nesse número em várias fases. Mas é normal. Nos Vigilantes do Peso, você não perde todo o peso de uma vez", comparou o austríaco.
Até porque, mesmo com a dieta, a Red Bull ainda estaria um pouco acima do peso da Ferrari. Todos os times estão com dificuldade para chegar perto do peso mínimo, somando o carro e o piloto (que tem de corresponder a pelo menos 70kg) e descontando o combustível. O objetivo de todos é bater nos 798kg, mas a maioria dos carros está com cerca de 800kg.
Dieta à parte, a Red Bull parecia mais equilibrada com a Ferrari durante o final de semana, mas Max Verstappen não tem certeza se as atualizações são responsáveis por isso. Na avaliação dele, que agora é segundo no campeonato, a 27 pontos de Charles Leclerc, sexto em Imola, o mérito da Red Bull foi na leitura das condições de pista. Esse tinha sido exatamente o ponto fraco da etapa anterior, na Austrália.
"É difícil julgar porque foi um fim de semana caótico, com chuva. Mas estávamos mais no controle das coisas do que na última corrida. Ter o controle de tudo muitas vezes é mais importante que trazer novidades para o carro."
Pacote ferrarista está previsto para o GP da Espanha
Na Ferrari, que ainda lidera ambos os campeonatos, novidades são esperadas para as próximas corridas. O grande foco da equipe é resolver os quiques do seu carro que, embora não sejam tão fortes como os da Mercedes, também preocupam pois tendem a piorar em circuitos mais ondulados. A Ferrari já levou para a Austrália um difusor que testa uma solução para controlar a altura do carro em relação ao solo, mas decidiu não correr com a novidade. Os números coletados por Leclerc nos treinos livres, no entanto, são importantes para ditarem o caminho do desenvolvimento nesse sentido.
Essa batalha no desenvolvimento dos carros é interessante porque Ferrari e Red Bull começaram o ano em fases diferentes. O time italiano tinha, desde o começo do trabalho em túnel de vento para este carro, em janeiro de 2021, mais tempo disponível por regulamento, já que terminou o campeonato anterior mais atrás, e também decidiu focar totalmente neste carro desde o início. Então o projeto ferrarista já começou o ano mais robusto.
Já a Red Bull dividiu as atenções com o carro do ano passado até a metade da temporada, uma vez que brigava pelo título. Assim, o time estreou uma grande atualização no segundo teste, enquanto a Ferrari só alterou detalhes no carro desde o lançamento.
Mas isso vai mudar. Segundo o chefe Mattia Binotto, já dá para esperar "alguma coisinha" na próxima corrida em Miami, "mas será algo mais voltado à adaptação do carro ao circuito", que fará a estreia no calendário dia 8 de maio. "E temos programado para Barcelona um pacote mais significativo".
Binotto se refere ao GP seguinte, na Espanha, em 22 de maio. Essa será uma prova importante para todas as equipes, já que ocorre na mesma pista do primeiro teste e isso facilita a avaliação de novas peças.
Com carros completamente novos em 2022, essa corrida do desenvolvimento é mais importante do que em anos anteriores. E como a F1 agora tem um teto orçamentário de US$ 140 milhões, é importante que todas as peças funcionem para manter os rivais vivos na disputa pelo campeonato até o final. Ainda faltam 19 das 23 etapas programadas para o campeonato.
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