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Porsche e Audi vão entrar na Fórmula 1, confirma CEO da Volkswagen
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O CEO da Volkswagen, Herbert Diess, afirmou nesta segunda-feira (2) que Porsche e Audi, que pertencem ao grupo, vão entrar na Fórmula 1. A informação foi divulgada pela agência Reuters. Diess disse ainda que os preparativos da Porsche são um pouco mais concretos no momento. A expectativa é de que a marca tenha uma parceria técnica com a Red Bull Powertrains para fazer a unidade de potência que equipará Red Bull e AlphaTauri a partir de 2026.
Já a Audi não entraria apenas como uma fornecedora de motores, e sim teria uma parceria bastante estreita ou mesmo compraria uma equipe já existente. A Alfa Romeo é uma boa opção, pois os donos do Grupo Sauber, que têm um acordo de branding com a marca italiana buscam um comprador para o time suíço. Mas a Aston Martin também surgiu como candidata, já que o dono da equipe e presidente executivo da marca de carros britânica busca uma maneira de tornar o conjunto mais competitivo na Fórmula 1. E a própria Williams, de propriedade de um grupo de investimentos norte-americano no momento, demonstrou interesse em algum tipo de parceria com os alemães.
"A Fórmula 1 está se desenvolvendo de uma maneira muito positiva em todo o mundo", destacou Diess. "O marketing que eles estão fazendo com a Netflix ajudou muito no crescimento nos Estados Unidos. A categoria também cresce na Ásia e entre as pessoas mais jovens. Se você olhar para os grandes eventos esportivos do mundo, em termos de automobilismo, só existe a F1. Se você entrar no automobilismo, tem de entrar na F1. É lá que o impacto é maior."
Embora a decisão tenha que ser tomada o quanto antes para permitir que ambas as marcas estejam preparadas, a entrada de ambas só deve acontecer em 2026, quando a Fórmula 1 terá uma nova unidade de potência. Inclusive, a declaração de Diess acontece menos de uma semana depois de mais uma reunião da Comissão de Fórmula 1 que discutiu, entre outros assuntos, o novo regulamento.
A categoria trabalha na definição do novo motor há meses, com a definição de que a unidade de potência continuará sendo uma V6 turbo híbrida, mas sem o complicado sistema MGU-H, que usa energia calorífica, e mais potência vinda do outro sistema de recuperação energética, o MGU-K, algo mais próximo do que a indústria automobilística usa nos carros híbridos e elétricos. E o combustível do motor a combustão será 100% vindo de fontes renováveis. Atualmente, esse percentual é de 10%.
"Só é possível entrar na F1 quando há uma janela tecnológica e isso vai acontecer agora. Isso significa que será necessário desenvolver um novo motor, cujo desenvolvimento demora três ou quatro anos. Então a decisão tem de ser tomada agora - ou então será preciso esperar uns 10 anos. Nossas marcas premium entendem que a F1 será muito sustentável, Os motores de 2026 terão combustível sintético e um nível muito maior de eletrificação. Então eles entendem que será um espetáculo muito maior em 2026, 2028. Maior nos Estados Unidos. Maior na China."
O grande entrave é definir os parâmetros financeiros e técnicos para quem decidir entrar na categoria. A preocupação dos rivais é especialmente com o projeto conjunto Porsche e Red Bull, que poderia dar vantagens ao time, que vai estrear como fabricante de motores em 2026. Eles já usam motores com o nome Red Bull Powertrains a partir desta temporada, mas o equipamento foi desenvolvido e é mantido pela ex-parceira Honda.
As regras de 2026 ainda não foram votadas, o que a Fórmula 1 espera fazer em julho. A confirmação da entrada de Audi e Porsche é um passo importante nesse processo.
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