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GP do Azerbaijão: datas, horários e tudo sobre a 8ª etapa da F1 em 2022

4.jun.2021 - O piloto holandês da Red Bull, Max Verstappen, dirige seu carro durante a primeira sessão de treinos antes do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Azerbaijão no Circuito da Cidade de Baku - Ozan Kose/AFP
4.jun.2021 - O piloto holandês da Red Bull, Max Verstappen, dirige seu carro durante a primeira sessão de treinos antes do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Azerbaijão no Circuito da Cidade de Baku Imagem: Ozan Kose/AFP

Colunista do UOL

09/06/2022 04h00

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O Azerbaijão sediou cinco corridas na Fórmula 1, e teve cinco vencedores diferentes, cinco pilotos diferentes na pole position e também foram cinco que fizeram a melhor volta da corrida. A combinação entre muros próximos e carros muitas vezes acertados para gerar pouca carga aerodinâmica devido à longa reta de 2km provou gerar ao mesmo tempo ultrapassagens e eventos inesperados.

Quem não se lembra do "acidente de trânsito" entre Hamilton e Vettel em 2018? Ou de Valtteri Bottas ultrapassando Lance Stroll na linha de chegada para chegar em segundo? Daniel Ricciardo enchendo a traseira de Max Verstappen quando os dois eram companheiros de equipe? E, ano passado, Hamilton errando uma configuração no volante e indo reto na primeira curva, perdendo a liderança da prova em uma relargada?

Em mais uma pista, como Mônaco, em que a tração é muito importante, a Ferrari busca reverter a tendência de crescimento da Red Bull no campeonato. Mas, para isso, eles muito provavelmente terão de andar com menos asa que os rivais, correndo o risco de sofrerem com o desgaste de pneus na corrida. O campeonato chega a Baku com Max Verstappen liderando com nove pontos de vantagem para Charles Leclerc.

Como acompanhar o GP do Azerbaijão:

Sexta-feira, 10 de junho
Treino livre 1, das 8h às 9h: BandSports
Treino livre 2, das 11h às 12h: BandSports

Sábado, 11 de junho
Treino livre 3, das 8h às 9h: BandSports
Classificação, das 11h às 12h: Band (SP e outras praças)/BandSports

Domingo, 12 de junho
Corrida, a partir das 7h (largada às 8h): Band e BandNewsFM

Circuito Urbano de Baku

Distância: 6.003km

Número de voltas: 51

DRS - 2 zonas
Detecção zona 1: antes da curva 2
Ativação zona 1: entre as curvas 2 e 3
Detecção zona 2: curva 20 (meio da reta)
Ativação zona 2: reta principal

Pneus disponíveis: C3 (duros), C4 (médios) e C5 (macios)

Recorde em corrida: 1min43s009 (Charles Leclerc, Ferrari, 2019)

Resultado em 2021

Pole position: Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min41s218

Pódio:
1º Sergio Perez (MEX/Red Bull) - 2h13min36s410
2º Sebastian Vettel (ALE/Aston Martin) +1s385
3º Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri) +2s752

Características da pista de Baku

A pista de Baku virou sinônimo de ultrapassagens: nas quatro edições do evento realizadas até aqui, o menor número de manobras foi 42 o que, ainda assim, fica acima das médias das temporadas de 2016 para cá. E, em 2017 e 2018, foi a prova com o maior número de trocas de posição do campeonato.

As curvas são lentas como em Mônaco, mas na reta o melhor seria ter uma configuração como Monza. É preciso encontrar um meio termo, mas dando prioridade para asas menores, já que é na reta que acontece a maior parte das ultrapassagens. Porém, é melhor não exagerar, pois pouca asa significa um carro mais nervoso nas curvas, e isso costuma vir junto de uma maior degradação dos pneus na corrida.

Isso quer dizer que não há só uma resposta para a configuração do carro em Baku. Se o carro naturalmente gera menos arrasto, como é o caso da Red Bull neste ano em comparação com a Ferrari, e também da Mercedes, vale a pena andar com mais asa para ter um equilíbrio melhor entre a reta e as curvas.

Os freios são muito requisitados, então é importante manter a temperatura sob controle. Ainda mais neste final de semana, em que é esperado muito calor em Baku, com os termômetros perto dos 30ºC. Especialmente para a classificação, isso também significa que as equipes terão de cuidar para não chegar nas últimas curvas com os pneus superaquecidos.

Curiosidades sobre o GP do Azerbaijão

A prova deste ano chegou a ser dúvida pela relação do país com a Rússia. Não exatamente por questões políticas, mas porque muitos russos viajavam ao país para a corrida. O público da prova, inclusive, é em sua maioria formado por estrangeiros e não é para menos. O salário médio em Baku (que é consideravelmente mais alto do que a média nacional) é de cerca de 350 dólares (1700 reais), e um ingresso sem direito a arquibancada para os três dias custa perto de 300 (1450 reais).

Na primeira vez que a F1 correu no Azerbaijão, em 2016, a corrida foi chamada de GP da Europa. De fato, o país faz parte do mapa físico da Europa, cuja fronteira mais oriental são os Montes Urais, na Rússia. O país fazia parte da ex-União Soviética, tem forte relação cultural com a Rússia e também com o Irã. Mesmo com essas influências, a língua local tem raíz no turco, e era escrita com o alfabeto árabe até o século passado, quando uma versão modificada do latim foi adotada.

O Azerbaijão é conhecido como a "Terra do Fogo" devido aos depósitos de gás que, em algumas partes do país, geram "fogueiras" naturais. É o caso da montanha Yanar Dağ, próxima de Baku, em que as chamas chegam a 3 metros de altura. É das reservas naturais de gás, e também de petróleo, que vem a riqueza do país.

A cidade de Baku é a maior capital do mundo situada abaixo do nível do mar (a -28 metros). A cidade fica na beira do Mar Cáspio, foi fundada no século V a.C. e ainda preserva algumas estruturas medievais, do século XII. Por conta disso, a cidade velha de Baku é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. O circuito passa ao lado de uma das muralhas que circundam a cidade velha.