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Com ritmo forte e drama, vitória de Leclerc foi a cara do 2022 da Ferrari
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Max Verstappen bem que avisou depois da sprint que estava sofrendo mais do que gostaria com os pneus, enquanto Charles Leclerc demonstrava muita confiança de que só não atacou o rival no sábado devido ao tempo perdido na briga com o companheiro Carlos Sainz. O GP da Áustria mostrou que a leitura de ambos estava certa. Leclerc passou Verstappen, na pista, em três oportunidades, e só não teve uma vitória tranquila devido a um problema no acelerador de sua Ferrari, mas voltou ao lugar mais alto do pódio depois de exatos três meses depois de sua última vitória, na Austrália, terceira etapa do campeonato.
Foi uma corrida com a cara da temporada da Ferrari. O carro foi veloz por todo o final de semana, mesmo em um circuito em que, em teoria, a Red Bull seria ligeiramente superior. Na classificação, Leclerc e Sainz ficaram a menos de um décimo de Verstappen. Na sprint, só não incomodaram o holandês pela briga interna que tiveram. Na corrida, a partir do momento que os pneus se aqueceram, a superioridade ferrarista ficou clara. Mesmo que a estratégia de ficar mais tempo na pista na primeira parte da corrida tenha gerado a necessidade de Leclerc passar Verstappen na pista três vezes, ele o fez sem perder muito tempo.
Mas esse cenário seria muito perfeito para representar a temporada da Ferrari, que vem sendo carregada de momentos dramáticos. Quando Carlos Sainz estava prestes a ultrapassar Verstappen e selar a dobradinha, o motor estourou. Essa é a terceira quebra em seis GPs. E depois do Safety Car Virtual causado pelo companheiro, Leclerc começou a ter um problema no acelerador, que ficava aberto mesmo quando ele não pisava no pedal. Nas 10 voltas finais, ele viu Verstappen se aproximar, mas não o bastante para tentar a ultrapassagem.
Esse bom ritmo da Ferrari não chega a ser uma surpresa. O carro ferrarista se adapta bem a todo tipo de pista, enquanto o da Red Bull tem uma janela de funcionamento mais restrita. Isso faz com que ocorram mais variações no comportamento do carro, como o que vimos neste fim de semana na Áustria. E isso ajuda a explicar por que a Red Bull foi derrotada em casa.
Verstappen, no final das contas, estava aliviado com o segundo lugar, o que o mantém com tranquilidade na liderança do campeonato, com 38 pontos de vantagem para Leclerc, que pelo menos retomou o segundo posto entre os pilotos.
Mercedes mais lenta do que esperava
O pódio foi completado por Lewis Hamilton, que fez uma corrida solitária depois de superar as duas Haas. A Mercedes já não esperava ter um rendimento semelhante ao de Silverstone no Red Bull Ring, mas acreditava que estaria mais próxima de Red Bull e Ferrari. No entanto, não se sabe o quanto todo o trabalho de dividir as partes do único assoalho reserva entre os dois carros, danificados em acidentes na classificação na sexta, atrapalhou no ritmo de Hamilton e George Russell. O britânico foi quarto mesmo depois de se tocar com Sergio Perez, ser punido e ter de trocar a asa dianteira, enquanto o mexicano abandonou.
O domingo foi bom mesmo para Mick Schumacher, sexto colocado. Ele comprovou que tinha mais ritmo que o companheiro Kevin Magnussen, ao contrário do que a própria Haas julgou na sprint. Na ocasião, ele pediu por várias vezes para as posições serem invertidas entre ele e Magnussen, mas não foi atendido e acabou ultrapassado por Hamilton. Na corrida, ele saiu de nono lugar para pontuar pela segunda vez na carreira.
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