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Dois meses após sinal verde, como caminha entrada de Porsche e Audi na F1?
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Lá se vão dois meses desde que o CEO da Volkswagen, Herbert Diess, confirmou que a fase de avaliação para a entrada de duas marcas do grupo, Porsche e Audi, tinha sido finalizada de maneira positiva. E nada mais foi anunciado desde então. A própria Fórmula 1 ainda não divulgou o regulamento das unidades de potência de 2026, que são o motivo do interesse dos alemães, e não há a certeza de como seria a entrada das duas gigantes do mundo automotivo na categoria.
Do lado das regras, está tudo finalizado do ponto de vista técnico. O último entrave seria mais político em relação ao momento da divulgação em si do que por qualquer pendência. Como as negociações entre a Porsche e a Red Bull são as mais simples e adiantadas, pois se trataria de uma parceria técnica e comercial, e não uma compra, é de se esperar que esse negócio seria confirmado logo após o anúncio das regras. No entanto, faz sentido para a marca esperar sua entrada no mercado de ações, esperada para o último quarto deste ano, para fazer esse anúncio.
A Porsche vai entrar no mercado de ações para custear uma grande reformulação para aumentar a eletrificação dos carros, o que também é a direção do novo regulamento da F1, que continuará com as unidades de potência híbridas, porém gerando muito mais energia elétrica do que atualmente.
Nos últimos meses, a grande dúvida vinha sendo em relação à configuração da entrada da Audi. Já há algum tempo se suspeitava que a melhor saída seria comprar uma equipe de boa estrutura, já que os exemplos recentes após a introdução do motor híbrido em 2014 mostraram que equipes que fazem os próprios motores ou têm uma associação muito próxima (no caso de Honda e Red Bull) tiveram sucesso.
Dentro desse cenário, a Alfa Romeo (que apenas dá o nome para a equipe que faz parte do grupo Sauber) aparecia como a melhor candidata, já que sua fábrica tem ótimas instalações, seus donos (um grupo de investimentos da Suécia) estavam dispostos a negociar e a localização também fazia sentido para os alemães, na Suíça. De fato, o que se tem ouvido no paddock nas últimas semanas é que as conversas estão caminhando bem, e o investimento da Audi pode até começar nos anos anteriores a sua entrada em 2026. Neste caso, é claro, a Alfa Romeo aproveitaria mais algumas temporadas de seu acordo de marketing e depois buscaria, potencialmente, outro time para se associar.
E há ainda a sombra da Honda. Como vimos tantas vezes na história da F1, o interesse de algumas montadoras acaba atraindo outras, e o alto escalão da marca japonesa esteve recentemente no paddock, pouco mais de seis meses depois de, oficialmente, sair da categoria.
Eles nunca deixaram a mesa de negociação, ainda que como observadores, das regras e 2026, e também não deixaram manter a operação de F1, agora preparando os motores para a Red Bull (que também absorveu grande parte de sua estrutura na Inglaterra).
A volta da Honda, ainda que não como fornecedora de motores per se, pode acontecer inclusive antes de 2026. Um dos pontos mais discutidos no novo regulamento são as regalias de novos fornecedores, aos quais a Red Bull quer ter acesso. Para garantir isso, eles podem ter que voltar a chamar seus motores de Honda, a fim de comprovar que começarão um novo projeto do zero com a Porsche.
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