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GP da França foi mais um capítulo sobre como perder um campeonato na F1
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O GP da França teve um roteiro que já vimos algumas vezes nesta temporada da Fórmula 1: Charles Leclerc fez a pole, aguentou bem a pressão de Max Verstappen nas primeiras voltas e chegou a abrir um pouco. Até que alguma coisa deu errado para o piloto da Ferrari. Desta vez, um erro do próprio Leclerc, que rodou e bateu sozinho, dando a corrida de bandeja para o holandês. E Verstappen agora é mais líder do que nunca, com 63 pontos de vantagem.
O erro de Leclerc é o segundo do campeonato e aconteceu em um momento delicado da corrida, quando Verstappen tinha antecipado sua parada para tentar pegar a liderança após a troca de pneu do rival. Então o monegasco estava forçando, com pneus gastos. Mas, bem ao seu estilo de ser bastante duro consigo mesmo, nada disso serviu de consolo. "Não mereço lutar pelo campeonato cometendo erros assim."
Para piorar a situação, a batida de Leclerc trouxe o Safety Car à pista e a Ferrari teve que chamar Carlos Sainz prematuramente aos boxes. Largando em penúltimo por uma punição pela troca de pneu, o espanhol estava numa tática diferente, fazendo a primeira parte da prova com os pneus duros. A ideia era parar tarde e ter um ritmo forte com os médios no final mas, com o Safety Car, ele teve de fazer essa troca tão cedo que foi obrigado a parar novamente, bem em um GP no qual a perda de tempo no pitstop era alta. E o prejuízo acabou sendo ainda maior quando Sainz foi punido por ter sido liberado do box em cima de uma Williams. Tudo isso tirou o espanhol da briga pelo pódio, o que só salienta o quão rápida era a Ferrari em Paul Ricard.
Na Ferrari, Mattia Binotto disse que a meta da equipe tem de ser vencer todas as corridas daqui em diante, mas é difícil imaginar isso com tantas falhas diferentes ao mesmo tempo em que Verstappen está pilotando de maneira limpa e tem um carro tão bom quanto o dos italianos.
Perez perdeu para ambas as Mercedes
O holandês está andando em um nível muito superior do que seu companheiro Sergio Perez, que, na França, foi superado por ambas as Mercedes. Primeiro Lewis Hamilton o passou na largada e, após sofrer nas primeiras voltas, começou a usar o menor desgate de pneus, que faz o rendimento do carro melhorar bastante dos sábados para os domingos, e se manteve na frente.
Nas últimas voltas da prova, George Russell ultrapassou Perez no final de um período de Safety Car Virtual que acabou sendo confuso por conta de um problema de software.
Foi o quarto pódio seguido de Hamilton e o primeiro que ele dividiu com o companheiro Russell, em um fim de semana no qual a Mercedes não rendeu o que se esperava.
Falando em Hamilton, houve um momento da prova, na relargada após o SC, em que ele viu o líder Verstappen escapar com muita facilidade. "A velocidade de reta dele era impressionante. Mesmo com o vácuo, ele ganhava de mim. Pelo menos na próxima corrida eles não vão poder usar aquela asa flexível."
O inglês se referia à necessidade de usar mais carga aerodinâmica na próxima etapa, na Hungria, já no final de semana que vem. Essa asa de pouca carga que a Red Bull usou na França tem sido uma arma importante para a vantagem enorme de Verstappen no campeonato. Mas as falhas do lado da Ferrari também vêm facilitando a vida dele.
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