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Por que a F1 para em agosto e o que os times podem ou não fazer nas férias
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Quem acompanha a Fórmula 1 já se acostumou com os termos "pausa de agosto" ou "férias de verão", mesmo que isso não faça muito sentido para quem acompanha o esporte no hemisfério sul, onde é inverno. Mas por que a categoria, mesmo tendo um calendário tão atribulado, às vezes com três corridas em finais de semana consecutivos, para por quase um mês nesta época do ano?
Esse período de pausa está atualmente no regulamento esportivo da Fórmula 1, e foi uma das medidas tomadas logo após a crise mundial de 2008 visando diminuir os custos da categoria. Naquela época, os túneis de vento funcionavam 24h por dia nas equipes grandes e saída de montadoras como Toyota, Honda e depois BMW forçou o esporte a tomar uma série de medidas para tentar frear a alta de custos.
Mas também existe um ingrediente humano. Agosto é o auge do verão no hemisfério norte e quando as crianças estão de férias das escolas na Europa, continente base de todas as equipes da F1. Não é raro, inclusive, encontrar lojas fechadas nesta época do ano em lugares menos turísticos justamente porque as pessoas aproveitam para viajar em família.
Então, mesmo que o calendário da F1 esteja cada vez mais inchado, a pausa de agosto continua sendo sagrada. Quando ela começou a ser instituída de maneira mais organizada, em 2009, o campeonato tinha 17 etapas. Neste ano serão 22 e a expectativa é de que o calendário de 2023 tenha 23 ou 24 corridas, dependendo da possibilidade de se voltar a correr na China, ainda fechada por causa da pandemia.
O que pode e o que não pode fazer na pausa da F1?
O GP da Hungria foi realizado dia 31 de julho e a próxima prova será na Bélgica, dia 28 de agosto. Mas isso não significa que as equipes de F1 ficarão paradas por todo esse tempo. A Aston Martin, inclusive, fez dois dias de testes para a Pirelli na Hungria nesta semana.
As regras preveem que determinadas atividades sejam totalmente paradas nas fábricas por 14 dias corridos. Então o mais comum é que os times escolham a segunda e terceira semanas de agosto para cumprir a regra, voltando à ativa no início da semana do GP da Bélgica.
Neste período, tudo o que é relacionado aos carros é vetado, até mesmo fazer pedidos a fornecedores. Túnel de vento, simulações nos computadores, reparos e todo o trabalho de montagem dos carros: tudo é vetado. Isso significa que o acesso a e-mails é bloqueado, assim como senhas para entrar nos sistemas e na fábrica.
Então, embora seja normal ver equipes levando novidades para as corridas que são realizadas logo depois da pausa, isso não significa que elas foram projetadas em agosto. São peças projetadas e fabricadas antes disso.
Por outro lado, a pausa não significa que a fábrica fica fechada. Os departamentos de marketing, financeiro, recursos humanos e jurídico continuam na ativa. Mas é normal que as equipes deem férias para os membros ligados a esses departamentos que viajam para as corridas.
Até porque o calendário é apertado depois das férias de agosto. O campeonato recomeça com três corridas em finais de semana seguidos na Bélgica, Holanda e Itália. E depois tem seis etapas fora da Europa — Singapura, Japão, EUA, México, Brasil e Abu Dhabi — sendo realizadas em oito finais de semana.
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