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Tensão nos bastidores e Brasil na pista: o que ainda está em jogo na F1

O GP do Brasil, em 13 de novembro, é uma das corridas que ainda faltam no campeonato - Mark Thompson/Getty Images
O GP do Brasil, em 13 de novembro, é uma das corridas que ainda faltam no campeonato Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Colunista do UOL

19/10/2022 04h00

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A temporada 2022 da Fórmula 1 já tem campeão, depois que Max Verstappen conquistou o bicampeonato na última corrida, no GP do Japão. Mas ainda há algumas histórias interessantes neste ano: nos bastidores, a FIA ainda não decidiu o que vai fazer com a Red Bull depois de confirmar que a equipe ultrapassou o teto de gastos no ano passado; e na pista, principalmente as corridas dos Estados Unidos (neste fim de semana) e do Brasil prometem boas corridas.

O que a FIA vai fazer com a gastança da Red Bull?

Essa briga do teto orçamentário pode ser cheia de politicagem misturada com conversa de contador, mas é fundamental para a saúde da categoria nos próximos anos. A FIA determinou que a Red Bull passou do teto orçamentário, o que a equipe contesta. Enquanto isso, os rivais questionam qual a vantagem que eles teriam tido mesmo gastando 5% a mais que o teto, como foi determinado pela entidade. Se nada for feito, mesmo que a FIA comprove que a Red Bull gastou demais, os outros times grandes podem ver o caso como um incentivo para abrir o bolso. E uma regra que serve para equilibrar a F1 vai para o ralo.

Mick Schumacher correndo por sua carreira

A Haas tem um anúncio programado para a quinta-feira de manhã nos Estados Unidos e o momento não poderia ser pior para Mick Schumacher, que destruiu um chassi levando o carro de volta para os boxes no treino livre do GP do Japão. Se for confirmado que ele não continua na equipe, como é esperado, Schumacher corre por fora na Williams, que tem preferência pelo norte-americano Logan Sargeant, que corre na F2; Mas pelo menos isso quer dizer que o alemão tem algumas corridas para mostrar serviço, já que a Williams precisa esperar que Sargeant tenha os pontos suficientes para a superlicença, e só saberá se esse é o caso em Abu Dhabi, na última etapa da F2.

Pistas com corridas boas (especialmente em 2022)

É bem verdade que as corridas da Cidade do México e de Abu Dhabi costumam empolgar mais pelo evento em si do que pelo que acontece na pista. Mas também é fato que o palco da próxima etapa, o Circuito das Américas, em Austin, nos EUA, e a prova Interlagos costumam gerar grandes corridas.

Inclusive, será interessante entender qual o efeito do novo regulamento da F1 na pista de Austin. Com os carros de 2022, os pilotos devem conseguir seguir uns aos outros mais de perto nas curvas de alta velocidade do primeiro setor, e quem sabe vão descobrir novos pontos de ultrapassagem.

Fim de semana de sprint em Interlagos

Lewis Hamilton fez história ano passado em Interlagos ao sair de último na sprint, após ser desclassificado da sessão que formou o grid para a corrida rápida, escalar até o quinto lugar, levar outra punição pela troca do motor, largar em décimo no GP e vencer. Ele foi a grande atração da prova do ano passado, mas sempre o GP do Brasil tem suas surpresas. As condições climáticas mudam rapidamente, a pista não perdoa erros e é bastante técnica. E, com o formato sprint, tem corrida no sábado e também no domingo.

Brasileiros na pista

drugovich - Divulgação/Aston Martin - Divulgação/Aston Martin
Campeão da F-2, brasileiro Felipe Drugovich começou seu trabalho como piloto de testes da Aston Martin
Imagem: Divulgação/Aston Martin

Felipe Drugovich e Pietro Fittipaldi estarão na pista na primeira sessão de treinos livres de Abu Dhabi, e o piloto reserva da Haas também estará no carro no FP1 da Cidade do México. Eles estão tendo essa chance dentro de uma regra que estreou neste ano e que obriga os pilotos a cederem seus carros uma vez por ano para um jovem. Drugovich vai andar pela Aston Martin, embora a confirmação só vá sair depois que ele completar um teste pela equipe em Silverstone no começo de novembro.

Recordes de Verstappen

É bem verdade que são marcas que têm a ver com o inchaço do calendário atual (e Max Verstappen é o primeiro a lembrar todo mundo disso), mas o holandês pode bater alguns recordes, como o de número de vitórias em uma temporada (o recorde é 13 e ele tem 12), de maior número de pontos no ano e a maior diferença para o segundo colocado.

Hamilton tenta manter escrita

O heptacampeão diz não se importar muito em manter seu recorde de ter vencido em todas as temporadas nas quais correu, ou seja, ganhou pelo menos uma vez em 15 anos seguidos. É algo que só foi emulado por Michael Schumacher e mostra como, mesmo quando não estava lutando pelo título, o inglês não deixou de lutar por vitórias. Mas neste ano, pelo menos no papel, é difícil imaginar onde essa vitória pode vir. Suas melhores oportunidades teriam sido na Hungria ou em Singapura. Por outro lado, a Mercedes estreia em Austin seu último pacote de mudanças e espera um desempenho melhor nesta reta final.