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F1: Verstappen perdeu 12s, passou Leclerc e Hamilton, e venceu o GP dos EUA

Max Verstappen no pódio em Austin: lágrimas de reconhecimento - Divulgação/Red Bull
Max Verstappen no pódio em Austin: lágrimas de reconhecimento Imagem: Divulgação/Red Bull

Colunista do UOL

23/10/2022 20h32

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Max Verstappen venceu pela 13ª vez na temporada, mas teve que trabalhar duro para levar o GP dos Estados Unidos, em mais uma prova movimentada no Circuito das Américas. Por duas vezes, ele perdeu a vantagem que abriu na liderança, uma por um Safety Car, e a segunda por uma falha no pit stop da Red Bull. Mas passou Charles Leclerc e Lewis Hamilton na pista para subir ao lugar mais alto do pódio mais uma vez.

No total, Verstappen perdeu 12s. Ele pulou na ponta depois que o pole position Carlos Sainz largou mal e foi tirado da corrida por George Russell. Como a outra Ferrari, de Leclerc, largava só em 12º devido à troca do motor e turbo, Verstappen teria as Mercedes como rivais pela vitória. Com um carro mais rápido, ele abriu 3s5 em relação a Lewis Hamilton até que uma rodada de Valtteri Bottas na volta 18 trouxe o Safety Car para a pista.

Isso recolocou Leclerc na corrida, já que o monegasco tinha escalado o pelotão ao mesmo tempo em que retardava sua primeira parada. Fazendo o pitstop com SC, ele voltou logo atrás de Sergio Perez, em quarto.

Verstappen teve mais dificuldades de abrir em relação com Hamilton com os pneus duros, mas mesmo assim não parecia correr riscos. "Eu estava tentando de tudo, enquanto eu via que ele não parecia estar forçando. E mesmo assim não conseguia acompanhar ele tão de perto", disse Hamilton. Até que a Mercedes chamou o inglês novamente aos boxes e Verstappen também parou novamente. Ele perdeu 8s5 em um pitstop lento, e voltou atrás não apenas de Hamilton, mas também de Leclerc, que tinha passado Perez.

Não demorou muito para Leclerc ser ultrapassado por Verstappen, muito mais veloz nas retas. "Depois a gente teve muita degradação, precisamos trabalhar para melhorar isso. Foi a nossa limitação hoje. Quando eu tive que adotar o mesmo ritmo dos carros da frente, foi quando tivemos dificuldades", contou Leclerc. Essa questão dos pneus tem atrapalhado a Ferrari principalmente desde o GP da França, e havia a esperança de que o assoalho que estreou no Japão pudesse ajudar nesse sentido.

Verstappen, então, foi à caça de Hamilton, e passou o inglês com seis voltas para o final, mais uma vez usando a velocidade de reta, um dos grandes trunfos da Red Bull nesta temporada.

Com isso, a equipe selou a conquista do campeonato de construtores pela quinta vez, sendo a primeira desde 2013. Isso, no dia seguinte à confirmação da morte do co-fundador da empresa, Dietrich Mateschitz. "Ele teria adorado essa corrida. Ele sempre falou que, quando se tem uma dificuldade, temos de continuar lutando. Eu estava pensando nisso, que tínhamos que lutar por Dietrich."

Agora a Fórmula 1 vai para o México, onde o companheiro de Verstappen, Sergio Perez, espera ter o apoio do time para vencer em casa. Ele largou em nono porque também foi punido por ter trocado o motor, mas terminou a prova atrás de Leclerc, com quem briga pelo vice no mundial. O mexicano teve um dano na sua asa dianteira após toque com Valtteri Bottas ainda na primeira volta e sente que seu rendimento foi prejudicado por isso.

Leclerc retomou a vice-liderança, mas a Red Bull é a favorita para a etapa do México, que será disputada já no próximo final de semana.