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Red Bull leva multa de mais de R$ 37 mi por ter quebrado teto de gastos

Integrantes da Red Bull comemoram a conquista do Mundial de Construtores em Austin  - Mark Thompson/Getty Images
Integrantes da Red Bull comemoram a conquista do Mundial de Construtores em Austin Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Colunista do UOL

28/10/2022 11h07

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A Red Bull entrou em acordo com a Federação Internacional de Automobilismo e será punida com uma multa de 7 milhões de dólares (equivalente a 37,36 milhões de reais) e com 10% de redução no tempo de desenvolvimento aerodinâmico do carro de 2023 por ter passado do teto orçamentário de 2021. Esse procedimento está previsto no regulamento e visa evitar um processo mais longo de julgamento. A FIA reiterou que, em nenhum momento, a equipe agiu de má-fé ou deixou de cooperar nas investigações.

A temporada 2021 foi a primeira em que essa regra passou a valer. Cada equipe poderia gastar 148,6 milhões de dólares no ano, mas a lista de exceções tem cerca de 30 itens. A Red Bull vinha sustentando que entregou suas contas em março deste ano com números bem abaixo do teto, mas depois que a FIA reviu a contabilidade, pressionada por Ferrari e Mercedes, obteve números diferentes.

De fato, a entidade revelou que a equipe enviou um relatório em março apontando que tinha gasto 114 milhões de libras em 2021. Porém, os novos cálculos apontaram que não tinham sido incluídos 5,6 milhões de libras. Com isso, o time estourou o teto em em 2,152 milhões de dólares. Isso corresponde a menos de 2% do teto e, assim sendo, a Red Bull foi enquadrada no rol de penas mais leves, quando se ultrapassa o teto em até 5%. Entrando em acordo, eles conseguiram uma diminuição de pena.

O documento da FIA listou ainda os 13 pontos que foram adicionados na conta da Red Bull posteriormente, incluindo custos com gastos com alimentação e com seguro social dos funcionários.

Como campeã mundial de construtores de 2022, e tendo liderado o campeonato pela maior parte do ano, a Red Bull já é a equipe que tem direito à menor quantidade de desenvolvimento aerodinâmico, dentro de outra regra que começou a valer ano passado e que dá mais tempo de túnel de vento e desenvolvimento de peças em computador para as equipes que estão mais abaixo na tabela dos construtores. Com a punição recebida pela quebra do teto, a Red Bull agora terá 63% de desenvolvimento, sendo que a Ferrari tem 75% e a Mercedes, 80%, pelo menos até esses valores serem reajustados novamente respeitando a ordem do campeonato no final de junho do ano que vem.

Resta a dúvida sobre como será o orçamento do time deste ano, uma vez que ficou claro que a maneira como eles estavam computando certos itens era diferente da interpretação da FIA.

A punição também ficará na história da atribulada temporada de 2021, muito disputada dentro e fora das pistas por Red Bull e Mercedes. Foram inúmeras vezes ao longo do ano que uma equipe ameaçou protestar a outra, e o campeonato, que chegou à última etapa com Lewis Hamilton e Max Verstappen empatados, terminou de forma polêmica, com um procedimento inédito de relargada. O holandês passou o inglês na última volta e foi campeão.