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Drugovich completa teste pela Aston Martin e consegue a 'CNH' para a F1

Campeão da F-2, brasileiro Felipe Drugovich começou seu trabalho como piloto de testes da Aston Martin - Divulgação/Aston Martin
Campeão da F-2, brasileiro Felipe Drugovich começou seu trabalho como piloto de testes da Aston Martin Imagem: Divulgação/Aston Martin

Colunista do UOL

03/11/2022 04h00

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O brasileiro Felipe Drugovich teve sua primeira experiência com um carro de Fórmula 1, na última terça-feira (1º), em Silverstone, e deu mais um passo em sua preparação para entrar na pista na primeira sessão de treinos livres do GP de Abu Dhabi, que ocorre em 20 de novembro.

Com isso, ele cumpriu com um dos requisitos para pedir a superlicença necessária para correr na categoria máxima do automobilismo sem ter que esperar pelos pontos que vai receber por ter conquistado o título da Fórmula 2 neste ano.

O campeonato da F2 só termina justamente em Abu Dhabi, no mesmo final de semana da F1, e a Federação Internacional de Automobilismo só vai computar os pontos depois disso. Assim, Drugovich teve de completar 300 km com um carro de Fórmula 1 para obter o que é uma espécie de CNH para pilotos da categoria.

O teste foi feito na terça-feira, em Silverstone, com a Aston Martin, equipe da qual o brasileiro será piloto de desenvolvimento e reserva no ano que vem na F1. O dia começou chuvoso e a falta de pneus adequados atrapalhou o teste, mas à tarde ele conseguiu dar as voltas necessárias, usando o carro do ano passado devido às restrições da F1 a testes com carros da atual temporada.

Não coincidentemente, a Aston Martin confirmou que Drugovich será um dos reservas do time na temporada 2023 da Fórmula 1, ao lado de Stoffel Vandoorne. Ou seja, haverá provas em que o belga vai acompanhar a equipe e, em outras, será o brasileiro.

O chefe da equipe, Mike Krack, já havia salientado que o plano do time era ter mais de um reserva para incentivar os pilotos a se manterem ativos em outras categorias. Até porque a Fórmula 1 terá a temporada mais longa de sua história em 2023, com 24 etapas planejadas. É fato que o GP da China corre risco devido à política de covid zero no país, mas ainda assim, com 23 GPs, será a temporada mais longa desde a criação da categoria, em 1950.

O teste de Silverstone também garante a presença de Drugovich no primeiro treino livre do GP de Abu Dhabi. Ele vai participar como piloto jovem, cumprindo uma regra que a F1 adotou neste ano. Outro brasileiro, Pietro Fittipaldi, também estará no FP1 no circuito de Yas Marina, pela Haas.

Ambos prefeririam andar diante da torcida brasileira no GP de São Paulo, entre 11 e 13 de novembro. Porém, como será um final de semana de sprint, os titulares das equipes só terão uma sessão de treino livre antes da classificação.