Hulkenberg volta com a Haas e Mick Schumacher vê porta aberta na Mercedes

Nico Hulkenberg estará de volta ao grid da F1 em 2023 após o esperado anúncio da Haas fechar a única vaga teoricamente em aberto para a próxima temporada, lembrando que a confirmação de Logan Sargeant na Williams depende dos resultados do norte-americano neste final de semana na Fórmula 2. Hulkenberg correrá ao lado de Kevin Magnussen, formando uma das duplas mais experientes do grid.

Hulkenberg estava fora da F1 desde o final de 2019, quando saiu da Renault, hoje Alpine, e se tornou o substituto predileto durante a pandemia, correndo três vezes pela Racing Point em 2020 e duas vezes pela agora Aston Martin neste ano, sempre entrando no lugar de pilotos infectados com a covid-19.

O bom trabalho nestas ocasiões ajudou Hulkenberg a se manter no radar das equipes. Especialmente da Haas, time com o qual negociou em várias ocasiões, inclusive para ficar com a vaga de Magnussen no final de 2020, e também no início deste ano, quando a equipe precisou substituir Nikita Mazepin.

Aos 35 anos, ele volta ao grid, apoiado pelo dono da Haas, Gene, que vê o momento como o certo para apostar em pilotos experientes. A Haas teve dois estreantes que traziam bom aporte financeiro em 2021, ano em que não desenvolveu o carro para focar totalmente na mudança de regulamento desta temporada, buscando evoluir e não depender mais tanto financeiramente de pilotos. O time atingiu esse objetivo, agora tem um patrocinador principal que não depende de nenhum dos pilotos, embora eles também tragam parceiros pessoais menores. Agora, o time tem a possibilidade de contar com uma dupla com mais rodagem.

Mick Schumacher tentará seguir na F1, mesmo sem vaga como titular

Após anos no time norte-americano, Mick Schumacher é tido na Haas como um piloto inconsistente e caro, devido aos acidentes que teve. Em várias ocasiões, ele teve altos e baixos dentro de um mesmo final de semana, e falhou especialmente em classificações.

O alemão esboçou uma reação quando conseguiu os primeiros pontos, na Inglaterra, e logo em seguida marcou um sexto lugar na Áustria neste ano, mas não se manteve no mesmo nível mesmo depois que a Haas fez sua única atualização no carro, no meio da temporada.

Não demorou para a Ferrari avisá-lo que não tinha planos de mantê-lo em sua academia de pilotos, deixando Mick livre para negociar sua permanência.

Schumacher deixou claro que não desistiu do sonho da Fórmula 1 e pode ter portas abertas para atuar como reserva. Na semana passada, Toto Wolff deixou aberta a porta para que o filho de Michael Schumacher se juntasse à Mercedes. Michael começou e terminou sua carreira com a montadora alemã, então o austríaco disse que "o lugar dos Schumacher é com a Mercedes".