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Ex-Alfa Romeo assume chefia da Ferrari na F1 e retoma parceria com Leclerc
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A Ferrari confirmou a chegada de Frederic Vasseur para o lugar de Mattia Binotto como chefe da equipe na Fórmula 1. Com isso, o ex-chefe da Alfa Romeo voltará a trabalhar com Charles Leclerc, que foi seu piloto no ano de estreia do monegasco, em 2018. Vasseur se juntará oficialmente à Ferrari dia 9 de janeiro.
Vasseur já conversava com a Ferrari há meses e claramente tem o apoio de Leclerc, que o elogiou em entrevista concedida na premiação por seu vice-campeonato de 2022, na última sexta-feira. "Claro que a Ferrari é diferente", disse o piloto de 25 anos, comparando sua atual equipe à Alfa Romeo. "Só posso comentar a respeito das minhas experiências com o Fred, que sempre foram boas, mesmo nas categorias de base. Ele sempre foi muito claro e honesto, o que é algo de que eu gosto. Sempre tivemos um bom relacionamento e ele é um ótimo chefe de equipe."
Antes da chefia da Alfa Romeo, Vasseur ocupou a mesmo função na Renault em 2016, e também vem de longa associação com a ART Grand Prix, equipe que disputa as categorias de base e que contou com vários nomes famosos, de Lewis Hamilton ao próprio Leclerc ao longo dos anos.
O francês de 54 anos tem um perfil um pouco diferente de seu antecessor. Assim como Binotto, Vasseur é engenheiro de formação, tendo estudado aeronáutica, uma área que costumeiramente "empresta" profissionais para a F1. Porém, ele tem atuado em cargos mais administrativos dentro do automobilismo há mais de 20 anos, enquanto Binotto só atuou de maneira menos técnica quando assumiu o controle da Ferrari, no final de 2018. Brincalhão, Vasseur também tem melhor trânsito entre os outros chefes de equipe, e será interessante observar se esse perfil mudará.
Essa união entre o conhecimento técnico e a habilidade de gestão foi destacada pelo CEO da Ferrari, Benedetto Vigna. "Essa abordagem e sua liderança é o que precisamos para que a Ferrari evolua com energia renovada."
Ferrari está em boa posição para 2023, mas desafios são claros
O francês enfrentará um desafio e tanto na Ferrari, que desde a saída de Stefano Domenicali, em 2014, não vem demonstrando muita paciência com seus chefes, em busca de um título que não vem desde o mundial de construtores de 2008. Embora Binotto tenha seus méritos na reconstrução da divisão de motores e de chassi, conseguindo inclusive aproveitar a mudança de regras de 2022 para diminuir consideravelmente a diferença para a ponta, o suíço-italiano vinha enfrentando dificuldades em organizar o time responsável pela execução das corridas.
A Ferrari vai para 2023 em uma posição interessante, como vice-campeã de construtores e pilotos e vendo a Red Bull, bem melhor em todos os aspectos nesta temporada, se adaptando à punição que reduziu sua proporção de desenvolvimento aerodinâmico (que já seria menor que a ferrarista devido ao título).
Ao mesmo tempo, Vasseur chega com uma questão importante para cuidar. Com o crescimento de Carlos Sainz ao longo do campeonato, Leclerc não marcou tantos pontos quanto poderia. A postura de Binotto foi, principalmente depois que ficou claro que Max Verstappen seria inalcançável em 2022, trabalhar de maneira igual para ambos os pilotos. Administrar uma boa relação entre os pilotos é uma das habilidades de Vasseur, e isso certamente será um ponto-chave para o sucesso, ou não, do francês no novo cargo.
Este não deve ser o único anúncio da Ferrari, uma vez que Mattia Binotto também atuava como diretor técnico da equipe. Também não há nenhuma citação em relação ao futuro do diretor de corridas, Laurent Mekies. Sua posição é de chefia justamente do departamento da Ferrari que mais errou em 2022.
A temporada da F1 começa mais cedo em 2023, com o primeiro GP, no Bahrein, já em 5 de março.
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