Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
F1: Com Alonso e 'novas ideias', Aston Martin mostra carro para a temporada
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Com Fernando Alonso no lugar do aposentado Sebastian Vettel, a Aston Martin lançou nesta segunda-feira (13) o AMR23, carro para a temporada 2023 da Fórmula 1. O espanhol e seu novo companheiro, Lance Stroll, destacaram as "novas ideias" presentes no carro, fruto de contratações importantes feitas pela equipe nos últimos dois anos.
A principal delas é o projetista Dan Fallows, que era o número 2 da Red Bull e assina seu primeiro carro na Aston. "Eu diria que o carro é 95% diferente em relação ao do ano passado. Trabalhamos em diversas áreas", disse o britânico. O que mais chama a atenção é a maneira como o time adotou ao mesmo tempo o recorte profundo na parte inferior das laterais, assim como a Red Bull, e ao mesmo tempo tem o formato de colher na parte de cima, como a Alpine.
"Foi adotada uma nova abordagem em várias coisas, muitas pessoas novas chegaram na equipe. Há muito talento entre os projetistas e no departamento técnico. Vejo uma energia renovada e as pessoas estão muito motivadas", afirmou um otimista Alonso. "Estamos testemunhando o crescimento da equipe. Eles quase dobraram o número de funcionários nos últimos 24 meses. E essas pessoas trouxeram ideias novas."
Mas também é fato que o time vem de um sétimo lugar ano passado e Alonso, aos 41 anos, não tem muito tempo para esperar. Perguntado sobre o que consideraria um bom resultado neste ano, o espanhol disse que o mais importante é "que esse carro seja aquele que vai servir de base para a Aston Martin vencer no futuro. Vimos ano passado que eles tiveram muitas dificuldades, puderam rever algumas coisas internamente e melhoraram muito ao longo do ano. Não há milagre na F1 de um ano para o outro, mas gostaria de, se possível, liderar o meio do pelotão em 2023. Acho que esse é o primeiro carro mesmo que a Aston Martin faz dentro das regras atuais".
Assim como a Haas, que já mostrou sua pintura e tem Pietro Fittipaldi como reserva, a Aston Martin também tem participação brasileira: o campeão da Fórmula 2 do ano passado, Felipe Drugovich, é um dos pilotos reservas e também conduzirá o programa de simulador do time. Ele traz consigo patrocínio da XP Investimentos e Porto Seguro.
Drugovich vai dividir o papel de reserva com Stoffel Vandoorne. A opção do time foi fazer essa divisão até porque o ano do brasileiro será atribulado com um programa que inclui testes de pista. E o belga tem conflito de datas com o campeonato da Fórmula E.
Dois sétimos lugares com gostos diferentes
O otimismo em cima do projeto da Aston Martin deu lugar a um certo nível de desconfiança após apenas duas temporadas. Em ambas, o time ficou em sétimo lugar, mas a campanha mediana de um ano de grande mudança de regras, que coloca a Aston como última entre os três times de orçamento médio (junto de Alpine e McLaren), chama mais a atenção. Estas são equipes que não tiveram de mexer muito em sua estrutura (a Aston, inclusive, conseguiu contratar pesado, especialmente atraindo engenheiros da Red Bull) após a introdução do teto orçamentário em 2021, ao contrário das três grandes (Mercedes, Red Bull e Ferrari). AlphaTauri, Haas, Alfa Romeo e Haas trabalham com orçamentos menores.
Também é verdade que o grande investimento atual da Aston Martin não é no carro em si. A nova fábrica, que vai permitir uma maior independência da equipe da Mercedes e promete ser a mais avançada da Fórmula 1, só vai ficar pronta no ano que vem. Além disso, o constante entra e sai de profissionais na equipe aponta por um clima interno que não é dos melhores. E mesmo as parcerias comerciais, que começaram aceleradas em 2021, não têm o mesmo fôlego.
Mas o time ganhou um grande empurrão com a chegada de Fernando Alonso. O espanhol gosta de aumentar seus feitos, mas indiscutivelmente é respeitado por todos os engenheiros com que trabalhou e ainda é tido como um dos melhores pilotos do grid. E há uma explicação racional para isso: sua capacidade de processar o que está acontecendo na corrida ao mesmo tempo em que pilota em alto nível continua intocável
Por outro lado, Alonso também é conhecido por trabalhar mais para si e evitar dividir muito com seus companheiros, o que pode causar problemas em sua nova equipe. Afinal, Lance Stroll é filho do dono da Aston, Lawrence, que mantém rédeas curtas na condução do time.
Fazendo o meio-campo estará Mike Krack, em seu segundo ano como chefe da equipe e podendo ter mais impacto na temporada do time do que ano passado. O engenheiro alemão é daqueles pragmáticos e trabalhadores, e não deve dar espaço para quaisquer jogos entre os pilotos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.