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Chinês Zhou é o mais veloz e Mercedes quebra no segundo dia de testes da F1
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O chinês Guanyu Zhou, da Alfa Romeo, colocou os pneus mais macios no final do segundo teste coletivo da pré-temporada da Fórmula 1 e foi o mais rápido do dia no Bahrein. Com pneus mais duros, Max Verstappen foi o segundo com a Red Bull e Fernando Alonso, da Aston Martin, foi o terceiro. A equipe de Alonso, inclusive, confirmou que Felipe Drugovich vai voltar ao carro neste sábado, para fazer a última manhã de testes antes do GP do Bahrein. O brasileiro está sendo preparado caso o titular Lance Stroll, que sofreu um acidente de bicicleta, não possa participar da etapa de abertura da temporada, que será já no final de semana seguinte, dia 5 de março.
A Aston não divulgou mais informações sobre a condição física de Stroll, mas a presença de Drugovich no teste do sábado mostra que a dúvida sobre sua presença no GP do Bahrein continua. Do lado do brasileiro, a preparação não será a ideal, já que Drugovich seria o único piloto com apenas duas sessões completadas, ambas pela manhã, quando a condição de pista, com muito calor, é bem diferente do que os pilotos encontram na classificação e corrida, que são disputadas ao entardecer no Bahrein. Ao mesmo tempo, como a Aston não sabe se Drugovich vai mesmo correr, também tem de pensar em maximizar a preparação de Alonso para sua estreia no time.
Tempos de volta vêm fácil para a Red Bull
Continua sendo muito difícil estabelecer quem está mais rápido, embora a Red Bull esteja esbanjando estabilidade e confiabilidade. Mas dizer se eles têm uma vantagem clara é difícil.
É muito incomum que um carro vá para a pista de tanque cheio nos testes, a não ser quando fizer uma simulação de corrida (o que ninguém fez até agora e talvez ninguém tenha tempo de fazer com só três dias de testes). Mas há equipes que preferem fazer seu programa com 60kg de combustível. Outras, com 30kg, por exemplo. Isso vai depender do tipo de programa que eles estão fazendo. No cronômetro, a diferença só do peso é de 1s levando em consideração esses dois exemplos. Isso sem contar nos modos de motor, pneus e configurações aerodinâmicas.
O próprio tempo de Verstappen ainda está a mais de um segundo da pole do ano passado. Embora o regulamento tenha tido mudanças para controlar os saltos, os engenheiros calculam que já recuperaram o tempo de volta que seria perdido.
E há outros detalhes também. Verstappen ainda perde muito nas retas em relação à Ferrari. É fato que a Scuderia fez mudanças na unidade de potência para retificar problemas de confiabilidade que permitem usar mais potência, mas a diferença é alta e indica configurações distintas.
Aston Martin chama a atenção por velocidade e estabilidade
Falando em velocidade de reta, a Aston Martin melhorou muito em relação ao ano passado, com um carro que parece gerar menos arrasto (ou seja, menos resistência ao ar, devido a uma aerodinâmica mais eficiente). Além disso, Alonso parece conseguir forçar e o carro responde bem, sem grandes desequilíbrios. E o próprio Drugovich disse após testar o AMR23 que era bem mais fácil virar rápido do que com o carro do ano passado, o que significa, em outras palavras, que o comportamento é mais previsível e o piloto tem mais confiança.
Seria o suficiente para a Aston liderar a turma do segundo pelotão? Isso é algo que veremos melhor no terceiro e último dia de treinos coletivos, quando a maioria das equipes faz uma simulação de classificação na parte final da sessão.
Ferrari não se preocupa com saltos do carro
Isso só acontece depois de todo o programa ser cumprido, com tudo o que os engenheiros queriam testar. Passando da correlação de dados com a fábrica à durabilidade de componentes e estudos da interação entre os pneus e os diferentes acertos.
É nos testes, também, a hora de testar soluções mais agressivas, como a Ferrari fez. É por isso que eles não estão preocupados com os quiques do carro, que apareceram em alguns momentos. Eles queriam entender se o que aparecia para eles nos dados de simulação era o mesmo que acontecia na realidade. É muito difícil ver esse movimento de oscilação nas simulações, mas as equipes estão buscando soluções e estão testando-as nestes dias no Bahrein. Caso contrário, ficam sem saber como o carro vai reagir com peças novas.
Mercedes tem problema hidráulico
O dia foi um pouco mais preocupante para a Mercedes, com alguns ruídos no paddock sugerindo que o carro tem dificuldades sob calor. George Russell teve um problema hidráulico no início da noite barenita e causou o que acabou sendo a única bandeira vermelha do dia, em mais uma sessão de altas quilometragens entre todas as equipes.
O carro alemão segue perdendo muito em reta, um dos problemas do ano passado. Mas eles estão usando asa da alta carga aerodinâmica, que prejudica a velocidade final, mas é melhor para a coleta de dados, o mais importante no momento. Os primeiros sinais no time são positivos, embora Russell já tenha dito que seria "exagerar um pouco" colocá-los na briga pela vitória com a Red Bull já na etapa de abertura do campeonato.
Confira a classificação do segundo dia de testes da pré-temporada da Fórmula 1
1. Guanyu Zhou (Alfa Romeo) 1m31.610s, 133 voltas
2. Max Verstappen (Red Bull) 1m31.650s, 47 voltas
3. Fernando Alonso (Aston Martin) 1m32.205, 130 voltas
4. Nyck De Vries (AlphaTauri) 1m32.222s, 74 voltas
5. Nico Hulkenberg (Haas) 1m32.466s, 68 voltas
6. Carlos Sainz (Ferrari) 1m32.486, 70 voltas
7. Logan Sargeant (Williams) 1m32.549s, 154 voltas
8. Charles Leclerc (Ferrari) 1m32.725s, 68 voltas
9. Oscar Piastri (McLaren) 1m33.175s, 74 voltas
10. Pierre Gasly (Alpine) 1m33.436s, 59 voltas
11. Kevin Magnussen (Haas) 1m33.442s, 67 voltas
12. Esteban Ocon (Alpine) 1m33.490s, 49 voltas
13. George Russell (Mercedes) 1m33.738s, 26 voltas
14. Sergio Perez (Red Bull) 1m33.751s, 76 voltas
15. Lewis Hamilton (Mercedes) 1m33.954s, 72 voltas
16. Lando Norris (McLaren) 1m35.522s, 65 voltas
17. Yuki Tsunoda (AlphaTauri) 1m37.687s, 85 voltas
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