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Verstappen vai atrás do tri aos 25 anos: quem pode parar holandês na F1?

Colunista do UOL

01/03/2023 04h00

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Não demorou muito para que os testes de pré-temporada da Fórmula 1 mostrassem uma Red Bull muito forte. Equilibrada, confiável, veloz nas simulações de corrida e de classificação. Logo ficou claro que o campeonato de 2023 será uma caça a Max Verstappen que, aos 25 anos, busca seu tricampeonato na categoria.

Verstappen esbanja confiança. "O carro está funcionando muito bem, estou curtindo pilotá-lo. Os testes foram muito positivos e aprendemos muita coisa. Estamos satisfeitos com o que estamos fazendo", disse ele.

É um início até melhor do que o da campanha que o levou ao bi por antecipação, com direito a recorde de vitórias em uma temporada. Em 2022, o carro da Red Bull começou o ano muito pesado, teimando em sair de frente e sem a agilidade que Verstappen gosta. À medida que isso foi mudando, ele foi se tornando mais dominante.

Então, quem poderia desafiar Verstappen agora que ele está confortável no carro logo de cara? No momento, não parece haver ninguém.

Dentro da Red Bull, Sergio Perez diz ter motivos para estar confiante. A diferença entre ele e Verstappen foi aumentando junto com a evolução do carro do ano passado, já que o RB18 começou a responder bem a ser pilotado da maneira agressiva de Verstappen, que faz o carro girar rapidamente nas curvas e consegue controlar a traseira mesmo assim.

Perez gosta de um carro mais lento na entrada, então não consegue extrair tanto quanto o companheiro. Mas ele disse que se reuniu com seus engenheiros no final do ano passado para tentar entender o que eles podem fazer, inclusive em termos de acerto, para contornar isso. "Eu tenho a posição mais complicada do grid, sem dúvida", disse ele sobre ser companheiro de Verstappen. "Mas cada vez estou mais cômodo e com mais confiança e isso é muito importante. Estou consciente que tenho o ano todo para dar esse passo adiante."

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Charles Leclerc faz o primeiro teste com o novo carro da Ferrari em Fiorano, nesta terça
Imagem: Reprodução

Na Ferrari, a confiança do lançamento ganhou ares de preocupação depois que algumas coisas não funcionaram como era esperado nos testes. A asa com uma haste de sustentação central, como usa a Red Bull, não resistiu e terá de ser revista. Tentando andar com uma configuração que aumenta a velocidade nas retas, o carro consumiu muito pneu.

Charles Leclerc e Carlos Sainz terão um carro veloz, mas talvez não o suficiente para vencer corridas enquanto a questão do desgaste não for resolvida. De qualquer maneira, a Ferrari é uma equipe em crescimento, está passando por mudanças com a chegada de Fred Vasseur. O francês definiu bem a situação atual da Ferrari: "Quando conseguimos acertar tudo, o ritmo é bom. Quando não conseguimos, não é."

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Lewis Hamilton nos boxes do Bahrein no último dia de testes pré-temporada
Imagem: Stephen Reuss/Mercedes

De certa forma, é um pouco a realidade que a Mercedes viveu ano passado, embora os problemas não sejam tão sérios. O time de Lewis Hamilton e George Russell não vai ameaçar a Red Bull por enquanto a julgar pelo que se viu nos testes.

Eles tiveram um susto quando a frente do carro deixou de funcionar como deveria sem muito aviso no segundo dia de testes, e depois se recuperaram. Eles estão onde imaginavam: numa situação bem melhor do que há 12 meses, mas ainda com trabalho pela frente.

Hamilton explicou que o grande problema do carro do ano passado, os quiques principalmente em alta velocidade, praticamente desapareceram. "Mas algumas limitações no equilíbrio do carro continuam lá. Não estamos onde gostaríamos, mas a plataforma é boa."

Mesmo aos 38 anos, Hamilton segue firme na busca de levar a Mercedes de volta ao topo e conquistar seu oitavo título. E já indicou ao chefe Toto Wolff que quer renovar seu contrato, que vai até o final da temporada.

alonso - Sam Bloxham/Aston Martin - Sam Bloxham/Aston Martin
Fernando Alonso, da Aston Martin, no segundo dia de testes da Fórmula 1, no Bahrein
Imagem: Sam Bloxham/Aston Martin

A idade não parece mesmo ser um problema enquanto a Mercedes está com um olho na briga pela ponta, e outro no retrovisor. A simulação de corrida de Fernando Alonso, que parte para sua 20ª temporada, aos 41 anos, foi tão boa que várias projeções colocam sua Aston Martin brigando para ser a terceira força neste início de temporada.

Alonso é o primeiro a dizer que "não tem mais muito tempo a esperar", mas acredita que o projeto a longo prazo da Aston Martin é vencedor. Isso devido às contratações que foram feitas, incluindo o 'número 2' da aerodinâmica da Red Bull, Dan Fallows, que já assina o carro deste ano, e à construção da nova fábrica, prevista para ser entregue em ainda no primeiro semestre deste ano.

Talvez esteja de verde o desafiante de Verstappen no futuro. Em 2023, os rivais vão ter que remar muito para conseguir batê-lo.