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GP do Bahrein: datas, horários e tudo sobre a primeira etapa da F1 em 2023

Corrida em 2022 ficou marcada por disputa intensa entre Charles Leclerc e Max Verstappen - ANP via Getty Images
Corrida em 2022 ficou marcada por disputa intensa entre Charles Leclerc e Max Verstappen Imagem: ANP via Getty Images

Julianne Cerasoli e Bruno Madrid

do UOL, em São Paulo

02/03/2023 04h00

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A Fórmula 1 vai dar a largada para a temporada de 2023 neste fim de semana em um local bastante tradicional: a pista do Bahrein, que tem GPs com mais de o dobro do número de ultrapassagens em relação à média da temporada.

A corrida do ano passado foi marcada por um duelo tenso entre Charles Leclerc e Max Verstappen, o que acabou sendo a tônica da primeira metade do campeonato de 2022. A dupla protagonizou uma série de ultrapassagens em busca da primeira posição, com o ferrarista obtendo sucesso. De quebra, a duas voltas do fim da corrida, Carlos Sainz ultrapassou Max e fez a dobradinha da escuderia italiana — o piloto holandês teve problemas no carro e abandonou a prova.

Como acompanhar o GP do Bahrein:

Sexta-feira, 3 de março

Treino livre 1, das 8h30 às 9h30: BandSports
Treino livre 2, das 12 às 13h: BandSports

Sábado, 4 de março

Treino livre 3, das 8h às 9h: BandSports
Classificação, das 12h às 13h: Bandeirantes (transmissão começa às 11h30) e BandSports

Domingo, 5 de março

Corrida, 12h: Bandeirantes (transmissão começa às 11h30)

Raio-X do Circuito Internacional do Bahrein

Distância: 5.412m

Número de voltas: 57

Recorde em corrida: 1min31s447 (Pedro de la Rosa, McLaren, 2005)

DRS - 3 zonas

DRS 1: Detecção antes da curva 1 e ativação após a curva 3

DRS 2: Detecção antes da curva 9 e ativação após curva 10

DRS 3: Detecção antes da última curva, ativação na reta dos boxes

Pneus disponíveis: C1 (duros), C2 (médios) e C3 (macios)

Resultado de 2022

Pole Position: Charles Leclerc (Ferrari) - 1min30s558

Pódio da corrida:

1º Charles Leclerc (Ferrari) - 1h37min33s584

2º Carlos Sainz (Ferrari) +5s598

3º Lewis Hamilton (Mercedes) +9s675

Características do Circuito Internacional do Bahrein

A pista é formada por retas longas e freadas fortes seguidas de curvas de baixa velocidade, então as equipes buscam um meio termo para os acertos: se colocarem muita asa, são lentos na reta e, se colocarem pouca asa, o carro fica nervoso nas curvas.

O trecho mais complicado do circuito é a curva 10, onde costumamos ver os pilotos fritando os pneus. Isso acontece porque é uma curva com trajetória fechada e uma inclinação para o lado de fora. Contornar bem a curva 10 é importante porque uma das três zonas de DRS é justamente depois dela.

Curiosidades sobre o GP do Bahrein

Vista de parte da pista do Circuito Internacional do Bahrein - Hoch Zwei/Corbis via Getty Images - Hoch Zwei/Corbis via Getty Images
Vista de parte da pista do Circuito Internacional do Bahrein
Imagem: Hoch Zwei/Corbis via Getty Images

O primeiro GP do Bahrein foi disputado em 2004 e, embora o país árabe tivesse pouca tradição no automobilismo, o evento logo ganhou prêmios por sua organização. O GP tentou se reinventar algumas vezes para gerar um espetáculo melhor para a categoria, com resultados diferentes: em 2011, foi usada uma configuração de pista mais longa que não agradou os pilotos mas, em 2014, o evento passou a ter largada no entardecer, com a maior parte da prova sendo disputada à noite, e isso acabou melhorando o evento como um todo porque, com menos calor, os pilotos agora podem forçar mais no asfalto bastante abrasivo da pista.

Para que a corrida pudesse ser disputada sem luz natural, foram instalados 495 postes de iluminação, deixando a área da pista bem diferente em relação a como era antes da sua construção: tratava-se de uma fazenda de camelos, com bem menos que os 1120 coqueiros que o autódromo tem agora.

Embora nenhum piloto barenita tenha chegado à Fórmula 1, a presença do país na categoria é importante: o fundo Mumtalakat tem 56% e, portanto, o controle acionário, de uma das equipes mais tradicionais do grid, a McLaren. O negócio foi feito em 2007. Recentemente, o Banco Nacional do Bahrein, que também é de propriedade do mesmo fundo, emprestou 150 milhões de libras (mais de 1 bilhão de reais) para equilibrar as contas do time durante a pandemia.