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Verstappen vence sem forçar, Alonso brilha e Hamilton já sonha com mudança
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As surpresas da classificação não se repetiram na primeira corrida da temporada da Fórmula 1 e Max Verstappen nem precisou forçar sua Red Bull para vencer. A aposta de Charles Leclerc de largar com um pneu novo, na verdade, acabou com as chances de vermos a única disputa que seria possível pela vitória, tamanha a vantagem dos atuais campeões do mundo na pista do Bahrein. E o nome da corrida foi Fernando Alonso, que passou George Russell, Lewis Hamilton e Carlos Sainz na pista para subir ao pódio.
A Ferrari apareceu bem na classificação e tentou economizar um jogo de pneus para ter somente compostos novos para a corrida. E mesmo assim Charles Leclerc não teve ritmo para sequer ameaçar Verstappen. A tática serviu para o monegasco superar Sergio Perez nos primeiros metros, e o mexicano teve de focar em adotar um ritmo mais lento para proteger seus pneus e criar uma diferença que permitiria atacar Leclerc, mais veloz de reta. Ele conseguiu isso na segunda parte da corrida, passou o monegasco na pista, e essa foi a última vez que o ferrarista viu uma Red Bull.
Leclerc ainda teve uma falta de potência e abandonou, com menos de 20 voltas para o final. O monegasco já tinha tido uma troca por precaução da central eletrônica e da bateria de sua unidade de potência, e agora ainda pode ter ainda mais problemas. A Ferrari já tinha trocado os motores também por precaução antes do início dos treinos livres, após ver as análises da unidade de potência que sofreu uma quebra no teste na Alfa Romeo.
Não que este seja o único problema da Ferrari, que fez a dobradinha no Bahrein ano passado. "É muito difícil separar degradação e performance. Quando você é mais lento, você tem que forçar mais, aí você tem mais degradação", explicou o monegasco quando perguntado se o grande problema do carro no momento é o desgaste de pneus na corrida.
Alonso fala em revisar as metas. A Mercedes quer revisar o carro
Quando Leclerc abandonou, seu companheiro Carlos Sainz estava com dificuldades ainda maiores. Ele chegou a perguntar à equipe se defendia-se do ataque de Fernando Alonso ou focava só em chegar até o final da prova. E foi passado com certa facilidade pelo compatriota.
Alonso tinha tido mais dificuldade com Lewis Hamilton, embora o inglês tenha dito que a manobra "era só uma questão de tempo, porque ele estava bem mais rápido". Alonso largou em quinto, caiu para sétimo nas primeiras curvas, e superou Russell ainda na primeira parte da corrida. Ali, ele mostrou que a Aston Martin não só tem um ritmo forte, mas degrada menos os pneus que a Mercedes.
Quando o time alemão antecipou a segunda parada de Lewis Hamilton justamente temendo que Alonso parasse e voltasse na sua frente, a Aston Martin usou sua vantagem, deixou Alonso na pista mais tempo e, quando ele trocou os pneus, voltou à pista bem mais rápido. E foi fazendo fila até chegar em terceiro. "Não pensávamos ter nenhum pódio nesse ano, achávamos que estaríamos no meio do pelotão. Agora é hora de revisar as metas", avisou o bicampeão.
A palavra revisão tem um outro sentido na Mercedes. Tanto Russell, que acabou sendo superado também por Lance Stroll, que fez ótima corrida mesmo com o punho machucado, quanto Hamilton, reconheceram que a Mercedes está atrás de Red Bull, Ferrari e Aston Martin. E tem de estar aberta a mudar o conceito de seu carro. "Seria o sonho, mas não sei se é tão fácil assim fazer essa mudança. Mas vamos discutir isso em reuniões nesta semana", adiantou Hamilton.
Não há muito tempo para mudanças profundas antes da próxima corrida da temporada, em duas semanas, na Arábia Saudita. Mas vai ter muita equipe esperando que o circuito bastante específico do Bahrein não tenha dado todas as respostas.
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