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F1: Após pódio na estreia, Alonso vê Aston forte em Jidá e fala em vitórias

Integrantes da Aston Martin celebram o terceiro lugar de Fernando Alonso no GP do Bahrein - Zak Mauger/Aston Martin
Integrantes da Aston Martin celebram o terceiro lugar de Fernando Alonso no GP do Bahrein Imagem: Zak Mauger/Aston Martin

Colunista do UOL

09/03/2023 04h00

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"Parece muito bom para ser verdade" foi a frase que Fernando Alonso mais repetiu durante a primeira etapa da Fórmula 1 no Bahrein falando sobre o desempenho da Aston Martin. Foi assim depois que ele liderou duas sessões de treinos livres, depois que fez o quinto melhor tempo na classificação, depois que foi terceiro na corrida. Será que agora o espanhol está convencido?

"Prefiro a cautela", insiste ele, lembrando que a F1 só andou por enquanto na pista barenita e ela é muito específica. Como o asfalto é muito abrasivo, o melhor acerto protege ao máximo os pneus traseiros, e acaba não sendo o mais natural ou neutro. E a maneira como o espanhol passou George Russell, Lewis Hamilton e Carlos Sainz na corrida do último domingo mostra que a Aston Martin acertou em cheio a configuração para o Bahrein.

É por isso que o cauteloso Alonso quer esperar a performance nas pistas da Arábia Saudita e da Austrália, palcos das duas próximas etapas, para ter certeza de que a Aston Martin veio para ficar no grupo da frente, pelo menos junto de Ferrari e Mercedes.

"Acho que fomos fortes em coisas que talvez não encontremos em pistas com Jidá e Melbourne. Mas se formos fortes nelas acho que podemos ter um 2023 muito bom."

Alonso se refere à aderência mecânica mostrada principalmente nas curvas de baixa velocidade, raridade nas duas próximas etapas. Na baixa degradação dos pneus, que não é tão fundamental quanto no Bahrein. E na falta de velocidade de reta, que vai ser mais importante na Arábia Saudita e na Austrália.

Mas o que Alonso quer dizer quando fala em "ter um 2023 muito bom"? Ele admite que a Aston Martin pensava ter melhorado muito, mas não acreditava em pódios ainda neste ano. Então chegou a hora de alinhar as metas, pois as vantagens vistas em Sakhir vão servir muito bem em pistas como Mônaco, por exemplo.

Seria o suficiente para pensar em vencer em 2023? Alonso acredita que sim. "Esse é só o começo. O projeto é novo, é o ponto de partida de um conceito que foi mudado antes de a temporada começar. Acho que temos muito mais a aprender."

O bicampeão de 41 anos se refere tanto à equipe quanto a ele mesmo, recém-chegado na Aston Martin. Afinal, ele não chegou a fazer nem 400 voltas no carro até aqui. "Estou adaptando-me ao carro, o que tenho que fazer na pilotagem, o retorno que o volante me dá em termos de sensibilidade. Isso ainda não está 100% ajustado ainda."

Dentro da equipe, Alonso se mostra confiante sobre o desempenho da Aston Martin na segunda etapa do campeonato, em um circuito veloz e com asfalto pouco abrasivo em Jedá. A confiança vem dos dados de simulação da equipe, os mesmos que apontavam números bastante favoráveis para a pista do Bahrein.