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Mercedes entra em modo de limitação de danos antes de 'decisões corajosas'
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A Mercedes chega à segunda etapa do ano na Fórmula 1, o GP da Arábia Saudita, em regime de limitação de danos e à espera de grandes mudanças no carro ao longo da temporada. Agora finalmente convencidos de que o caminho em que desenvolveram o W14 não era o correto, eles já preparam um plano de recuperação visando o ano que vem, como explicou Lewis Hamilton ontem em Jeddah.
"Nós precisamos tomar decisões corajosas nos próximos meses a respeito do que queremos para o carro deste ano e do ano que vem. Há mudanças drásticas que nós vamos fazer de qualquer maneira, mas temos que entender o que vai acontecer com elas."
Hamilton lembrou que essas mudanças são muito mais complicadas do que simplesmente desistir das laterais enxutas que o time adotou ano passado e que não foram copiadas por nenhuma equipe no grid.
"As pessoas ficam falando que é só colocar a mesma lateral da Red Bull, mas não é tão simples assim. Se fizermos isso, podemos até ficar mais lentos. É uma questão da maneira como o carro está equilibrado nas curvas, quando você consegue começar a frear, quando pode virar o volante, o equilíbrio entre a parte de maior e de menor velocidade, o meio da curva, a maneira como o carro se comporta quando você acelera. É uma sequência de movimentos que o carro faz, muita coisa pode fazer a diferença."
Seu companheiro, George Russell, citou uma limitação de danos agora, antes das novas peças chegarem, e um plano de recuperação a médio prazo. Sabe-se que a Mercedes já tinha um plano de mudança das laterais encaminhados, ainda que, como lembrou Hamilton, esse seja apenas o primeiro passo.
"Temos que quase limitar os danos no curto prazo e implementar o plano que já temos no médio prazo. Não dá para dizer que vamos encontrar um segundo por volta em cinco corridas. Isso seria obceno", disse Russell. "Mas reconhecemos os erros que cometemos antes da temporada. Nós estabelecemos metas erradas na parte aerodinâmica e não temos tanta pressão aerodinâmica nos lugares certos."
Russell fez alusão à mudança na altura da borda do assoalho, que estava no pacote da Federação Internacional de Automobilismo para frear os quiques do carro, dizendo que talvez a Mercedes não deu a atenção que deveria para esta parte e não a trabalhou tanto quanto outras equipes.
Neste fim de semana, em Jeddah, a tendência é que a Ferrari esteja melhor do que no Bahrein, e talvez a Aston Martin não esteja tão forte. Isso porque eles sofreram com a velocidade de reta e nas curvas de alta, e estes são dois pontos importantes em Jeddah.
Na Mercedes, Hamilton acredita que o problema de velocidade de reta do ano passado não é tão grave neste ano. "Neste ano, estamos perdemos mais nas curvas. Acho que nas retas somos velozes."
Russell projeta que, "entre nós, Aston Martin e Ferrari, haja uns dois décimos de diferença, e a vantagem pode ir para um lado ou para o outro. Mas a margem da Red Bull é de uns sete ou oito décimos. Eles podem ter um final de semana ruim e, ainda assim, vão terminar em primeiro e segundo", apostou.
Os treinos livres para o GP da Arábia Saudita começam nesta sexta-feira, com sessões às 10h30 e às 14h, pelo horário de Brasília.
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