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Com saída de chefe, brasileiro ganha destaque na estratégia da Mercedes
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Ele não é de querer aparecer muito, mas os espectadores mais atentos já perceberam que o brasileiro Leonardo da Silva virou presença constante no pitwall da Mercedes. Ele já vinha fazendo esse papel na temporada passada, especialmente a partir do GP do Azerbaijão, quando o então chefe de estratégia da Mercedes, James Vowles, deixou de ir a todas as corridas. Vowles agora é chefe da equipe Williams e Léo, que ficou conhecido pela torcida brasileira ao subir ao pódio do GP de São Paulo em 2021, se firmou na posição.
Com a saída de Vowles, a Mercedes optou por manter a estrutura que já estava solidificada no time de estratégia. Léo é a ponte entre uma equipe de duas a cinco pessoas que avalia os cenários estratégicos na fábrica da equipe, em Brackley, e o time de pista. Então é ele quem comunica as decisões tomadas pela equipe para os engenheiros de cada piloto. E, como está no pitwall, cabe a ele também as decisões que costumam ser tomadas por quem está na pista, como em caso de uma mudança de condição climática, por exemplo.
Léo foi um dos profissionais contratados por Vowles para o time de estratégia. E desde agosto de 2021 ocupa o cargo de engenheiro de estratégia de corrida sênior. O número de profissionais atuando nas corridas varia simplesmente porque 23 corridas é considerado um volume alto para que todos participem o tempo todo, justificou a Mercedes.
Vowles era uma espécie de mentor para toda a equipe que define as táticas, e já tinha deixado as responsabilidades com os outros engenheiros ao longo do ano passado, focando em outras áreas dentro da equipe. É por isso que a Mercedes decidiu não mexer na estrutura que já estava funcionando, com Rosie Wait atuando como chefe de estratégia de corrida desde 2018. A engenheira, no entanto, não viaja para todas as corridas porque tem um filho pequeno. Ela, inclusive, subiu ao pódio para receber o troféu pela vitória no GP da Espanha de 2021, seu último antes de sair de licença maternidade. A conquista de Lewis Hamilton naquela prova teve muito a ver com uma mudança estratégica durante a prova, que foi inclusive proposta por Léo da Silva em Brackley e aprovada por Rosie, que estava no pitwall na ocasião.
A Mercedes não é a única que tem uma equipe por trás da estratégia. Na verdade, isso é o mais comum, embora isso não aconteça com times menores como a Haas. Sempre há um engenheiro que acaba sendo, como Léo, responsável pela palavra final por estar na pista, mas ele é munido constantemente de informações que vêm do time que está na fábrica.
Eles ficam revisando cenários usando os modelos desenvolvidos pela equipe para prever o desgaste de pneus de seus pilotos e dos rivais e projetando qual seria o resultado final dependendo do composto escolhido e do momento da parada. Então, embora os times grandes tenham uma pessoa mais exposta às câmeras, como Léo ou Hannah Schmitz na Red Bull e agora Ravin Jain na Ferrari, substituindo o desgastado Iñaki Rueda, quando há erros de estratégia, muitas vezes são esses dados que estão equivocados, ou a informação não foi passada da melhor forma nessa cadeia.
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