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GP de Miami não tem nenhuma bandeira. Nem a bandeirada final
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O GP de Miami tinha todos os ingredientes para ser uma corrida acidentada. Os pilotos vinham reclamando da falta de aderência fora do traçado ao longo do final de semana, e ainda por cima choveu no circuito, ainda que não de maneira torrencial, durante a noite de sábado. Os muros estão próximos. E havia vários carros fora de posição, desde Lance Stroll no fundo do grid até o líder do campeonato Max Verstappen em nono, Lewis Hamilton em 13º e Charles Leclerc em sétimo. E o que vimos neste domingo foi algo que deve ser inédito na categoria: a vitória de Max Verstappen não teve nenhuma bandeira amarela sequer. E, em uma daquelas coisas que só acontecem quando você chama celebridades para este tipo de função, nem teve bandeirada final.
Mas é claro que a vitória de Verstappen ficou valendo, e foi uma vitória e tanto. Saindo em nono com o pneu duro, ele já estava em segundo após 15 voltas, a pouco menos de quatro segundos do companheiro Sergio Perez, que estava com os pneus médios àquela altura.
Foi nessa fase da prova que Verstappen construiu sua vitória. "Quando eu vi que os pneus estavam bem e o número de voltas que faltavam, senti que dava para forçar e foi aí que fiz minha corrida, porque consegui abrir uma diferença suficiente para estar perto de Checo após a parada".
Verstappen só trocaria os pneus com 11 voltas para o final, voltou logo atrás de Perez, que largara na pole e tinha pneus já com 26 voltas. E o ultrapassou logo em seguida. O mexicano acredita que poderia ter parado um pouco depois para ter pneus menos usados no final, mas não acredita que isso teria mudado o resultado. "Max foi superior, mas o segundo lugar não é ruim em um final de semana tão difícil", disse Perez, que não esteve tão confortável com o carro como em Baku.
O campeonato agora tem Verstappen 14 pontos à frente de Perez, e Fernando Alonso em terceiro, após o quarto pódio em cinco corridas. O espanhol ficou surpreso com o resultado após a Aston Martin sofrer no início do final de semana. "Foi um GP estranho. Faltou ritmo no treino livre, depois recuperamos um pouco na classificação e, na corrida, acho que foi o ritmo mais próximo da Red Bull que tivemos o ano todo."
Esse "mais próximo" é relativo. Ninguém está próximo da Red Bull, mas há uma briga interessante entre a Aston Martin de Alonso, Ferrari e Mercedes, que parecia estar muito longe dos rivais depois da classificação, mas se recuperou na corrida. A Ferrari, na verdade, é quem tem uma enorme diferença entre o rendimento de classificação e de corrida. Para complicar, Leclerc sofreu no começo da corrida com os pneus médios e Sainz, que foi superado na pista por Russell, não se entendeu com os duros. Ambos os pilotos saíram dizendo que a janela em que o carro funciona é muito pequena e é nisso que a Scuderia tem de focar na próximas provas.
A F1 agora tem duas semanas até o GP da Emilia Romagna, que será o início de três provas em três finais de semana seguidos.
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