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Após 5 corridas, já tem estreante sob pressão por maus resultados na F1
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O holandês Nyck De Vries teve um caminho todo diferente para chegar à Fórmula 1, tendo sido campeão da F2 em 2019 e depois conquistado o título também da Fórmula E. Antes de ser contratado pela AlphaTauri, ele testou por três equipes da F1 apenas ano passado, acumulando mais experiência do que outros novatos que a categoria teve nos últimos anos. E fez sua estreia como titular aos 28 anos. Era de se esperar que sua fase de adaptação não fosse tão difícil quanto a de pilotos menos experientes. Mas essa não é a história de suas cinco primeiras corridas nesta temporada.
O holandês foi superado pelo companheiro Yuki Tsunoda em todas as corridas disputadas até aqui, e tem começado a demonstrar certa impaciência ao volante. No Azerbaijão, De Vries teve um fim de semana particularmente ruim, batendo na classificação, na sprint com o companheiro Tsunoda, e sozinho na corrida no domingo.
No último final de semana, em Miami, o holandês rodou nos treinos livres e teve um toque com Lando Norris na largada. E foi criticado pelo britânico, que disse que "ele tem feito muito dessas coisas ultimamente, ele precisa tentar frear um pouco mais cedo."
O holandês terminou a corrida em 18º, sete posições atrás de Tsunoda. É fato que o carro da AlphaTauri não é fácil, e De Vries tem em Franz Tost um chefe acostumado a lidar com novatos, já que a equipe serve, desde que foi adquirida pela Red Bull e passou a se chamar Toro Rosso, há quase 20 anos, como base para o time principal. Mas o próprio Tost, que insistiu em Tsunoda mesmo quando o japonês vinha errando bastante, e diz acreditar que um piloto precisa de três temporadas para se adaptar à Fórmula 1, reconhece que isso não faz com que De Vries não esteja sob pressão. "Na F1, você sempre está", disse ele.
Tost, que está de saída da chefia da equipe, da qual se tornará consultor assim que a liberação de Laurent Mekies for acertada com a Ferrari, disse ainda que seria "um exagero" dizer que está satisfeito com as performances de De Vries, mas lembrou que muitos pilotos talentosos passaram por uma fase de muitos acidentes.
"Existe um processo de aprendizado e um período de acidentes. Porque, se os pilotos não batem, eles não sabem qual o limite. Lembro que Sebastian nas primeiras corridas terminou várias vezes a primeira volta com o bico quebrado. É parte do jogo", lembrou Tost, referindo-se a Sebastian Vettel.
A diferença é que pilotos que tiveram colisões no início da carreira, como Vettel, Verstappen ou o próprio Tsunoda, para ficar naqueles que passaram pela equipe de Tost, também mostraram que tinham velocidade. Com o tempo, foram entendendo de onde vinha essa velocidade e como demonstrá-la de maneira mais consistente. Para o japonês, claro, esse é um trabalho ainda em andamento, lembrando que ele só fez dois anos na Europa antes de chegar à F1.
É a hora, portanto, de De Vries fazer toda sua experiência valer. E é isso o que Tost espera ver nas três corridas em finais de semana seguidos que a F1 tem pela frente. "Agora vamos para Imola, Mônaco e Barcelona, e ele tem mais experiência nestas pistas. Se conseguirmos melhorar o carro, Nyck provavelmente vai andar mais à frente."
O GP da Emilia Romagna, primeiro dessa sequência, será disputado dia 21 de maio.
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