Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
GP da Espanha deixou claro: rivais precisam estudar o assoalho da Red Bull
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Max Verstappen venceu o GP da Espanha com 24 segundos de vantagem para Lewis Hamilton, em um circuito que não mente a respeito do rendimento dos carros. E que, por causa disso, é muito usado na Fórmula 1 para testes. Tudo bem que o desgaste de pneus foi mais acentuado que o normal para todos, mas a prova teve ainda a Ferrari largando em segundo e chegando 45s atrás e a primeira Aston Martin a mais de um minuto do vencedor.
Não é à toa que, nos bastidores, falou-se muito da reação das equipes às fotos dos assoalhos tiradas em Mônaco depois das batidas de Sergio Perez e Lewis Hamilton. Principalmente, é claro, do carro da Red Bull. Enquanto as peças dos outros times são trabalhadas mais em sulcos para direcionar o fluxo de ar, o assoalho deles tem relevos também, é muito mais complexo.
Desde o começo do ano passado, essa enorme peça que fica na parte debaixo do carro e que as equipes tentam esconder ao máximo porque ela gera pelo menos 70% da pressão aerodinâmica.
A importância do assoalho é tão grande que, desde que as imagens vazaram, os rivais estudam o que dá para aprender principalmente com a Red Bull. Há equipes que redistrubuíram as tarefas internas só para conseguir colocar engenheiros totalmente focados em estudar as fotos. A tentativa é digitalizar as imagens para colocá-las no CFD, sistemas de computador que avaliam os fluxos de ar. Na F1, o CFD é usado antes de uma peça ser feita e colocada no túnel de vento.
Falando em assoalhos, em Barcelona conseguimos ver o da Williams também, outro carro içado por causa de uma escapada. Ficando no fim do pelotão na tabela de classificação, a equipe tem muito mais tempo para usar CFD e túnel de vento dentro do regulamento da F1, mas claramente isso não é suficiente.
Aquelas imagens explicam a surpresa de James Vowles, que foi depois de anos na Mercedes para a Williams, quando ficou sabendo de alguns processos que eram usados em Grove. Eles não têm, por exemplo, uma organização digitalizada das peças, então James nem sabia como eles conseguiam montar e desmontar o carro antes e depois das corridas.
Rivalidade espanhola por GP no futuro
Há tempos Madri aparece com planos de receber a Fórmula 1. Dizem os catalães que eles só fazem isso para tentar tirar a corrida de Barcelona, e que cumpririam um contrato apenas e diriam que não querem mais.
Certamente, a versão de Madri é diferente, dentro da rivalidade entre espanhóis e catalães, mas o fato é que a candidatura da capital está sendo levada a sério pela F1 neste momento. Depois de muitas versões circularem para uma pista de rua, finalmente uma foi aprovada, ainda que com algumas ressalvas. A FIA quer checar de perto um túnel, um trecho de ponte e uma curva inclinada artificial que eles planejam fazer.
O avanço das conversas já teve o efeito que a Liberty Media pretendia com Barcelona, que aumentou sua oferta para manter a prova, aceitando ceder o dinheiro que vem do valioso Paddock Club. Às vezes a Liberty adota esse tipo de tática para conseguir aumentar o valor de alguma corrida que já está no calendário, como conseguiu com o Brasil.
Porém, do lado de Barcelona, há outros problemas. Pelo segundo ano seguido, houve muitos problemas com o trânsito ao redor da pista, e algumas falhas de organização, ainda que os esquemas de trânsito no domingo tenham funcionado melhor. Nesse contexto de negociação, isso não vem em boa hora para os catalães.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.