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Williams busca acordo com a FIA para 'estourar' o teto de gastos da F1
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A grande prioridade do chefe da Williams, James Vowles, desde que assumiu o cargo no início do ano, é renovar a estrutura da equipe, uma das mais vencedoras da Fórmula 1, mas que não chega a um título desde 1997. Vindo da Mercedes, Vowles logo percebeu que as estruturas do time eram muito datadas e se surpreendeu, por exemplo, pela Williams não ter um sistema digital para controlar suas peças.
A partir daí, o britânico passou a trabalhar para convencer a Federação Internacional de Automobilismo e a chefia da própria F1 de que a Williams precisa furar o teto orçamentário para ter condições de competir de igual para igual com as rivais.
O teto passou a valer em 2021 e prevê um gasto máximo para tudo o que tem a ver diretamente com performance, excetuando os três maiores salários e também os vencimentos dos pilotos. Atualmente, o teto é de 145,3 milhões de dólares para 2023.
Dentro dessas regras, existe um valor de 36 milhões de dólares que as equipes podem gastar em infraestrutura a cada quatro anos. Mas Vowles considera que essa quantia está longe de ser suficiente para a Williams recuperar anos de baixo investimento.
Por conta disso, ele tenta costurar um acordo para que a Williams passe desse valor, assim como a Aston Martin conseguiu para fazer seu novo túnel de vento, que está entrando em operação neste ano.
"A F1 e a FIA têm nos apoiado. Na minha primeira semana na WIlliams, eu mostrei para eles. 'Isso é o que eu tinha na Mercedes, isso é o que eu tenho na Williams. A chance de competir com isso é zero'. E acho que estamos em uma situação em que, em julho, haverá um acordo assinado para permitir a times como o nosso investir mais para diminuir a diferença."
A medida faz sentido, até porque um dos objetivos do teto orçamentário é equilibrar as forças entre as equipes. Mas FIA e F1 também têm de atender aos interesses dos grandes times, que costumam pedir algo em troca quando esse tipo de negociação acontece.
Voltando à Williams, Vowles disse que há "elementos que estão defasados em 20 anos, o que faz sentido se você pensar na história na equipe. O investimento que eles tinham era zero por cerca de 20 anos, até os novos donos chegarem. A parte de fabricação de peças está atrás do que eu conheci quando entrei no esporte há 20 anos."
Há, também, um atraso na mentalidade, de acordo com o novo chefe da Williams. "Internamente, muito do trabalho que eu tenho pedido para eles fazerem é ligado a ter três anos de desenvolvimento em seis meses. É um outro padrão. Na verdade, o padrão [em outras equipes] é mais alto que isso."
Um exemplo claro disso aconteceu no GP do Canadá. A equipe decidiu antecipar um pacote de atualizações para evitar um gasto duplo fabricando mais peças de reposição. A aposta deu certo e ajudou Alex Albon a conquistar o sétimo lugar em Montreal e tirar a Williams da lanterna do mundial de construtores.
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