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GP da Grã-Bretanha: datas, horários e tudo sobre a 10ª etapa da F1 em 2023

Circuito de Silverstone no GP da Grã-Bretanha de Fórmula 1 - Reprodução/@F1
Circuito de Silverstone no GP da Grã-Bretanha de Fórmula 1 Imagem: Reprodução/@F1

Colunista do UOL

06/07/2023 04h00

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Sempre há muita expectativa em torno do GP da Grã-Bretanha, um dos mais tradicionais do calendário da F1. Em 2023, mesmo que Max Verstappen tenha aberto uma enorme vantagem de 81 pontos na liderança e seja o favorito, não é diferente. Dentro da pista, vários times devem levar novidades para Silverstone, inclusive a Mercedes, que espera ser o carro mais próximo da Red Bull nas curvas de alta do circuito britânico.

A Pirelli vai estrear novos pneus, mais resistentes, embora tenham performance e durabilidade semelhantes aos compostos anteriores. Mas qualquer mudança em uma parte tão sensível para o rendimento dos carros é algo para ficar de olho.

McLaren, Aston Martin (celebrando 110 anos da marca) e Williams (comemorando seu 800º GP) terão pinturas especiais. E, fora das pistas, será impossível ignorar a presença de uma equipe de filmagem iniciando a produção do filme "Apex", que conta a história fictícia de uma jovem promessa que retorna ao esporte depois de 30 anos (Brad Pitt). Eles terão seu próprio lugar nos boxes e até colocarão seu carro na pista nos intervalos das sessões da F1 e categorias de base.

Como acompanhar o GP da Grã-Bretanha:

Sexta-feira, 7 de julho
Treino livre 1, das 8h30 às 9h30: BandSports
Treino livre 2, das 12h às 13h: BandSports

Sábado, 8 de julho
Treino livre 3, das 7h30 às 8h30: BandSports
Classificação, das 11h às 12h: TV Bandeirantes

Domingo, 9 de julho
Corrida, a partir das 11h: TV Bandeirantes e BandNewsFM (transmissão começa às 10h).

Circuito de Silverstone

Distância: 5.891km
Número de voltas: 52
DRS - 2 zonas
Zona 1: após a curva 5 (Aintree)
Zona 2: após a curva 14 (Chapel)
Pneus disponíveis: C1 (duros), C2 (médios) e C3 (macios)
Recorde em corrida: 1min27s097 (Max Verstappen, Red Bull, 2020)

Resultado de 2022

Pole position: Carlos Sainz - ESP/Ferrari - 1min40s983*
*classificação disputada sob chuva

Pódio:
1º Carlos Sainz - ESP/Ferrari - 2h17min50
2º Sergio Perez - MEX/Red Bull - +3s779
3º Charles Leclerc - MON/Ferrari - +6s225

sainz - Ferrari  - Ferrari
Carlos Sainz é abraçado por integrantes da Ferrari após sua primeira vitória na F1, em Silverstone
Imagem: Ferrari

Características da pista de Silverstone

Silverstone representa um teste para os pneus devido a suas curvas de alta velocidade. A curva 12, chamada Becketts, é aquela em que os pilotos mais sentem as forças laterais: eles são "jogados" de um lado a outro do cockpit com uma força de até 5 vezes a força da gravidade. O dianteiro esquerdo é o que mais sofre. Na maior parte das pistas, são os pneus traseiros que sofrem mais, então isso pode ajudar a alterar a relação de forças entre os carros.

Como a pista de Silverstone é aquela em que os pilotos menos acionam os freios (só cerca de 8% da volta), isso faz com que os motores mais eficientes levem vantagem. Isso porque é difícil recuperar toda a energia das unidades de potência híbridas com tão poucas zonas de frenagem. Isso também pode fazer com que diferentes motores tenham táticas diferentes para recarregar e usar a energia.

A pista de Silverstone tem uma característica interessante: embora tenha o pitlane mais longo da temporada, com 437.1m, o que faz com que as paradas para troca de pneu demorem 29s, muito mais do que na maioria das pistas, que ficam entre 20 e 22s, esse não é o tempo de perda nos boxes. Como os pilotos não contornam as duas últimas curvas para entrar nos boxes e elas são lentas, a perda real é de cerca de 21s.

Curiosidades sobre o GP da Grã-Bretanha

hamilton - Bryn Lennon/Getty Images - Bryn Lennon/Getty Images
Lewis Hamilton checa o pneu estourado de sua Mercedes após vencer o GP da Inglaterra em Silverstone
Imagem: Bryn Lennon/Getty Images

Os nomes das retas Wellington e Hangar ajudam a contar a história da pista de Silverstone, que antes era uma base aérea da RAF (Força Aérea Real), usada na Segunda Guerra para treinar pilotos para defender o país dos bombardeios alemães justamente com os aviões Wellington. A área só viraria uma pista depois da guerra, em 1948. Mas a primeira corrida foi realizada de maneira não oficial por alguns entusiastas locais de automobilismo, no ano anterior. Na época, as pistas estavam abandonadas pela RAF.

A sequência de curvas mais famosa de Silverstone - e uma das mais famosas de todo o calendário da F1 - é das curvas Maggots, Becketts e Chapel. Na primeira delas, os carros chegam perto de 300km/h, e a rápida mudança de direção de um lado a outro é um grande teste para os carros. Mas de onde vêm estes nomes? As ruínas da capela de Beckett ficam bem próximas do circuito e explicam os nomes de três das curvas, e há um campo chamado Maggots Mood, também nas redondezas.

Os pilotos britânicos costumam se dar bem correndo em casa: dos quatro maiores vencedores da história, três são pilotos locais: Lewis Hamilton já é recordista, com sete vitórias. O escocês Jim Clark conseguiu cinco, e o inglês Nigel Mansell venceu quatro vezes. Hamilton, aliás, é a única pessoa que dá nome a algum trecho da pista de Silverstone: em 2020, a reta principal, onde ficam os boxes, passou a ser chamada de reta Hamilton.