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McLaren cresce 'do nada' e surpreende rivais com desempenho em Silverstone
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"Eles vieram do nada", repetia um surpreso George Russell depois de ver a McLaren ter, pela segunda corrida seguida, um ritmo melhor do que a Mercedes. Max Verstappen venceu o GP da Grã-Bretanha, mas Lando Norris, da McLaren, foi o segundo, e os carros laranja só não estiveram no pódio também com Oscar Piastri por um azar com o Safety Car.
Norris (que largou em segundo, com o companheiro Piastri em terceiro) chegou a tomar a liderança no começo da prova, aproveitando uma largada "terrível" de Verstappen, nas suas próprias palavras, mas sabia que sua briga não era com ele. "Aquela não era minha corrida, não podia acabar com meus pneus ali", explicou Norris, ultrapassado por Verstappen na quinta volta. O holandês não seria mais ameaçado, para vencer pela oitava vez no ano.
Com Norris em segundo e Piastri em terceiro, ficou claro que o ritmo de corrida da McLaren era tão bom quanto na classificação. E também tão bom quanto o de Norris, com o carro já atualizado, na semana passada na Áustria. Atrás deles, Charles Leclerc sofria para se segurar à frente de George Russell, teria que antecipar sua parada, e sairia da disputa. O inglês foi um dos que tiveram azar por já terem parado quando a corrida foi interrompida por um Safety Car com pouco menos de voltas para o final.
Quem tinha conseguido ficar na pista com o mesmo jogo de pneus até aquele momento se deu bem, pois economizou tempo na parada. Foi o caso do companheiro de Russell, Lewis Hamilton, que apareceu na terceira posição após todas as paradas, ganhando as posições do companheiro, Piastri e Sainz com isso.
Mas a parte que mais surpreendeu os pilotos da Mercedes foi a final: Piastri tinha parado antes do SC, então tinha optado pelos pneus duros. E a McLaren também julgou que os pneus macios não durariam até o final da prova para Norris, mesmo com ele parando no SC. Tanto a Red Bull, com Verstappen na frente, quanto a Mercedes, com Hamilton, entenderam que sim.
Em teoria, o pneu duro era mais que 1s por volta mais lento que o macio, e todos estavam juntos por conta do Safety Car. Além disso, o composto mais duro seria mais difícil de ser aquecido. Mas Norris conseguiu se defender do ataque de Hamilton, de uma maneira que só restou ao heptacampeão elogiar. "Nas retas eu era mais rápido porque eu estou com uma asa menor, mas nas curvas rápidas ele era tão veloz que só me restou ficar olhando e curtindo", disse o inglês, que terminou em terceiro.
De onde vem esse crescimento da McLaren?
Hamilton observou bem: é justamente o rendimento nas curvas de alta velocidade que colocou a McLaren nessa posição que ninguém poderia imaginar há duas semanas. No GP do Canadá, antes da atualização, as duas McLaren estavam fora dos pontos. Desde então, brigou pelas primeiras filas do grid e pelo pódio no final de semana de sprint na Áustria e agora em Silverstone.
São duas pistas que têm curvas de alta velocidade. No Red Bull Ring, são apenas duas, mas justamente aquelas em que carros como Aston Martin e Mercedes estavam sofrendo. E também foram dois finais de semana com temperatura de pista mais amena, o que realça outra qualidade da McLaren: a facilidade de colocar temperatura no pneu dianteiro.
Não é por acaso, portanto, que Lando Norris disse não estar tão animado para a próxima corrida. Na Hungria, é de se esperar muito calor, e a pista é um misto de curvas de média e baixa velocidades.
Mas essas duas últimas provas mostraram que a McLaren melhorou com a atualização, e agora o time busca não depender tanto das condições climáticas para entrar na já apertada briga para saber quem é a segunda força. Até porque Verstappen segue absoluto na frente.
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