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Além de Verstappen: quem foi bem e quem ficou devendo na 1ª metade da F1

As férias de agosto marcam a metade da temporada da Fórmula 1 com um claro destaque, Max Verstappen, vencedor das últimas oito provas e líder disparado do mundial. Mas atrás do holandês há um campeonato muito disputado e cheio de surpresas. Após 12 das 22 etapas realizadas, já dá para apontar os destaques positivos e negativos do ano.

Quem está se dando bem na primeira metade da F1

Fernando Alonso

Quem poderia imaginar que o espanhol começaria o ano com a expectativa de vencer corridas após trocar a Alpine, quarta colocada no mundial de 2022, pela Aston Martin, sétima. É claro que nem ele poderia esperar um salto tão grande como o que a equipe deu neste ano, surgindo como segunda força no início da temporada, mas também é verdade que ele é parte desse crescimento. E tem mostrado sua qualidade andando na primeira parte do pelotão de uma maneira que não tinha equipamento para fazer desde a saída da Ferrari.

Oscar Piastri

Lando Norris e Oscar Piastri fazem ótima temporada pela McLaren
Lando Norris e Oscar Piastri fazem ótima temporada pela McLaren Imagem: Divulgação/McLaren

Ironicamente, o piloto que chegou a ser anunciado como substituto de Alonso na Alpine, mas que decidiu assinar com a McLaren, começou o ano sendo perguntado se não tinha se arrependido, devido às performances fracas do time. Mas sempre houve a confiança dentro da McLaren de que, assim que eles conseguissem introduzir o que estava sendo preparado na fábrica, a equipe começaria a brigar mais na frente. Eles só não imaginavam que passariam a brigar por pódios, outra prova (como no caso do crescimento da Aston Martin) de que o pelotão da F1 (tirando a Red Bull) está mais próximo do que nunca. E também ajuda a McLaren o fato de ter Lando Norris andando muito forte (o que não é de hoje) e em Piastri um estreante que mais parece uma esponja, sem cometer duas vezes o mesmo erro.

Alex Albon

A Williams foi a segunda equipe que mais evoluiu desde o final do ano passado, atrás da Aston Martin, e o tailandês vem conseguindo aproveitar esse crescimento, somando todos os 11 pontos da equipe. Com isso, o lanterna de 2022 (com menos de um quarto dos pontos do rival mais próximo) terminou a primeira metade do ano com o sétimo lugar. E ainda há uma grande expectativa principalmente em relação ao que Albon pode fazer no GP da Itália, que casa muito bem com as características do carro. O que temos visto até aqui é que ele não perde esse tipo de oportunidade.

Quem está devendo na primeira metade da F1

Sergio Perez

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Sergio Perez está a mais de 100 pontos do líder Verstappen no campeonato
Sergio Perez está a mais de 100 pontos do líder Verstappen no campeonato Imagem: Dan Istitene/Getty Images

É até difícil explicar como um piloto pode ficar por cinco vezes seguidas fora do top 10 do grid com o mesmo carro com o qual seu companheiro tem vencido provas com mais de 20s de vantagem. Da mesma forma que Verstappen disse ter encontrado algo durante o GP do Azerbaijão que elevou seu entendimento do carro da Red Bull, Sergio Perez começou a forçar demais, o que o levou a erros em classificações seguidas. E, mesmo quando larga à frente de Verstappen (como ocorreu em Miami e na Bélgica), ele fica devendo muito mais do que nas duas primeiras temporadas ao lado do holandês.

Alpine

O time francês vinha numa crescente nas últimas temporadas, e projetava se aproximar da briga com Mercedes e Ferrari. A realidade não poderia ser mais diferente: primeiro, foi a Aston Martin que ultrapassou o time, depois, a McLaren. O novo contratado Pierre Gasly, ainda que tenha tido alguns azares, é o piloto que mais causou prejuízos com acidentes até aqui. E a debandada de chefes nas últimas semanas só mostra como o clima dentro da equipe não é dos melhores. Como eles creditam a falta de rendimento à defasagem de potência de seu motor, é difícil imaginar que podem se recuperar até o final da temporada.

Kevin Magnussen

É bem verdade que a Haas tem um carro muito melhor em classificação do que em corrida, já que o consumo de pneus é muito alto. Mas mesmo assim a temporada com dois pontos de Magnussen é decepcionante. Com a outra Haas, seu companheiro Nico Hulkenberg, que não fazia uma temporada inteira na F1 desde 2019, largou no top 10 em sete das 12 etapas disputadas até aqui e soma nove pontos. Magnussen só chegou no Q3 em uma oportunidade até aqui.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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