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De Hamilton a punições: 7 assuntos que vão agitar a segunda metade da F1

Depois de quase um mês de férias, a Fórmula 1 volta neste final de semana com o GP da Holanda e vários assuntos que terão seus desfechos nos próximos meses, das suspeitas de que times passaram do limite de gastos ano passado e possíveis punições ao final da novela da renovação do contrato de Lewis Hamilton.

Punições pela quebra do teto orçamentário

Foi em agosto do ano passado que as equipes que tiveram seus relatórios de gastos questionados (Aston Martin e Red Bull) ficaram sabendo que teriam de se explicar. E há rumores de que nem todas as contas de 2022 foram aprovadas. Caso isso se concretize, é de se esperar muita polêmica a respeito de possíveis punições, uma vez que a Red Bull passou do teto em 2021, foi punida perdendo 10% de sua alocação de tempo de desenvolvimento aerodinâmico, e conseguiu absorver essa pena e continuar dominando.

Renovação do contrato de Hamilton

Já faz dois meses que Toto Wolff disse que as bases do novo contrato de Lewis Hamilton já estavam acertadas. O piloto, por sua vez, confirmou que a fase atual é mais com os advogados do que com as partes interessadas. Ou seja, tudo se encaminha para uma renovação de mais de um ano, mas não há nada confirmado. É bom lembrar que não é a primeira vez que uma renovação de Hamilton se estende: em 2021, seu contrato só foi anunciado em fevereiro, poucas semanas antes do início do mundial. As negociações tinham começado mais de um ano antes.

Recordes de Verstappen

Max Verstappen venceu as oito últimas corridas da F1
Max Verstappen venceu as oito últimas corridas da F1 Imagem: Mark Thompson/Getty Images

O holandês começa a segunda parte da temporada já como o virtual tricampeão do mundo, tamanha sua vantagem. Ele tem 125 pontos a mais que o próprio companheiro Sergio Perez, e não perde uma corrida desde abril. Então, a pergunta é: onde Verstappen pode chegar? Já na Holanda, ele pode igualar o recorde estabelecido por Sebastian Vettel em 2013 de nove vitórias seguidas. E ainda terá nove provas pela frente, ou seja, pode bater sua própria marca de maior número de vitórias em uma temporada (15) e vencer mais de 75% das corridas do ano, superando Alberto Ascari em 1952 (que venceu 6 das 8 corridas do ano) e Michael Schumacher em 2004 (13 vitórias em 18 provas). E há ainda muitos recordes nessa lista.

Novas equipes e fornecedor de pneus

Essas são duas discussões que estão na pauta há meses. A FIA terminou o processo de seleção de novas equipes para 2025 em diante, mas não divulgou qual o resultado. O processo poderia abrir até duas vagas. Já no caso do fornecedor de pneus para 2025 a 2027, Pirelli e a concorrente Bridgestone foram aprovados. As duas decisões agora estão nas mãos da Liberty Media, que detém os direitos comerciais da F1, e que tem de negociar os contratos também levando em consideração os interesses das outras equipes. No caso dos novos times, a Liberty pode simplesmente não chegar a acordo nenhum e barrar as candidatas. No caso dos pneus, terá de escolher uma delas. A Bridgestone apresentou uma proposta comercialmente mais interessante, mas a Pirelli contra-atacou.

Quem vai terminar a temporada como segunda força?

Isso é importante porque os carros do ano que vem serão muito parecidos, então o desenvolvimento de 2023 vai ajudar os rivais da Red Bull a evoluírem em 2024. E tem sido uma briga muito boa desde o início da temporada, com algumas reviravoltas, como a entrada da McLaren na briga a partir do GP da Grã-Bretanha. Charles Leclerc cravou em entrevista recente que a Ferrari vai terminar o ano como segunda força, mas até o momento a Mercedes tem sido mais consistente.

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A estreia (gelada) de Las Vegas

Peça publicitária do GP de Las Vegas, que entrará no calendário da F1 em 2023
Peça publicitária do GP de Las Vegas, que entrará no calendário da F1 em 2023 Imagem: Las Vegas Grand Prix/Twitter

A cidade dos cassinos vai receber a penúltima corrida do ano, em um circuito de rua com muitas retas. Mas a corrida chama mais a atenção pela promoção fora da pista e é uma grande aposta da Liberty Media, que está fazendo um modelo de negócio diferente. Ao invés de cobrar mais de 20 milhões de dólares a um promotor local, são eles mesmos que estão assumindo os custos (e os riscos) do evento. Outro fator interessante é que a prova será no sábado à noite, e é esperado frio, com temperaturas bem abaixo dos 10ºC.

Perez vai se recuperar?

Dá para dizer que teríamos um campeonato muito disputado tirando Verstappen da equação, e isso tem muito a ver com a temporada ruim de Sergio Perez. Com o melhor carro do grid, mas com dificuldades de tirar o máximo dele, especialmente em classificações, o mexicano só chegou em primeiro ou segundo em cinco das 12 etapas disputadas até agora, sendo que, nas últimas sete, só tem um segundo lugar. A Red Bull ao mesmo tempo pressiona seu piloto e lhe dá a garantia de que seu contrato, que vai até o final de 2024, não corre risco. Mas Perez enfrenta, nesta segunda metade do campeonato, o desafio de andar pelo menos mais perto de Verstappen.

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