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Veja quem gastou mais com batidas na F1 e entenda por que isso é importante

Na era do teto de gastos da Fórmula 1, os pilotos passaram a ser cobrados para evitar acidentes. Isso porque, além de deixar de conquistar pontos para a equipe, eles podem comprometer o orçamento do desenvolvimento do carro, já que os limites são apertados com os 145 milhões de dólares (equivalente a R$ 720 milhões) que podem ser gastos em uma temporada.

Esse valor vai variando a cada ano, com correção de inflação e também por outros fatores como o número de etapas e de finais de semana de sprints. Mas, de qualquer maneira, embora pareça muito dinheiro, ele tem que pagar todos os funcionários e qualquer gasto que tenha a ver com a performance na pista.

As equipes deixam parte do orçamento já guardado para reparos de acidentes, mas como há muitos gastos em que não dá para economizar, como os cerca de 80 milhões de dólares (pouco mais de R$ 400 milhões) só de folha de pagamento, na prática o que acontece é que quanto mais se gasta com batidas, menos orçamento sobra para o desenvolvimento do carro na parte final do ano, quando os recursos já estão sendo aplicados mais no projeto do ano seguinte.

Nesse quesito, a Williams está saindo perdendo neste momento. Estes números não são oficiais, mas são estimativas levando em consideração o tamanho do estrago das batidas e o que as equipes divulgam ter trocado. Eles têm o primeiro (Logan Sergeant) e o quinto (Alex Albon) colocados da pista de valor dos danos, somando 5,7 milhões de dólares (R$ 28,7 milhões).

Para se ter uma ideia, no meio de toda a polêmica sobre a punição da Red Bull por ter quebrado o teto orçamentário de 2021, o chefe da Ferrari, Fred Vasseur, disse que uma equipe gasta entre 2 e 4 milhões de dólares em peças novas ao longo do ano. Ele não se referia a peças danificadas, e sim a atualizações feitas nos carros. Isso dá a dimensão do tamanho do estrago na Williams.

Foi para evitar esse tipo de gasto que a Haas não renovou o contrato de Mick Schumacher e apostou em dois pilotos experientes para 2023. E tem dado certo. Segundo as estimativas, o time gastou 1,8 milhão até aqui, menos do que Schumacher já tinha gasto antes da metade da temporada passada.

O acidente de Mick Schumacher no qualificatório do GP da Arábia Saudita, da F1
O acidente de Mick Schumacher no qualificatório do GP da Arábia Saudita, da F1 Imagem: Reprodução/Twitter

A equipe que menos gastou até agora foi a Mercedes, pouco mais de 1 milhão de dólares. Na comparação com a Ferrari, time com o qual está na luta pelo vice-campeonato de construtores, George Russell e Lewis Hamilton fizeram o time gastar pouco mais de um terço do que Charles Leclerc e Carlos Sainz, embora seja verdade que o carro da Ferrari era bem mais imprevisível por grande parte da temporada.

Ainda que os números da lista não sejam oficiais, eles dão uma boa ideia do benefício de ter grandes pilotos a bordo. Os três que menos gastaram são os três campeões do mundo do grid atual: na ordem, Max Verstappen, Fernando Alonso e Hamilton.

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Ainda bem que o gasto com os salários dos pilotos não entra no teto de gastos.

Veja a lista completa dos pilotos que mais gastaram com acidentes na F1 até aqui*:

1º Logan Sargeant - 3.9m
2º Lance Stroll - 2.6m
3º Sergio Perez - 2.5m
4º Pierre Gasly - 2.2m
5º Alex Albon - 1.8m
6º Oscar Piastri - 1.6m
7º Carlos Sainz - 1.6m
8º Charles Leclerc - 1.5m
9º Esteban Ocon - 1.5m
10º Yuki Tsunoda - 1.3m
11º Guanyu Zhou - 1.2m
12º De Vries/Ricciardo/Lawson - 1.2m
13º Nico Hulkenberg - 0.9m
14º Kevin Magnussen - 0.9m
15º George Russell - 0.7m
16º Lando Norris - 0.6m
17º Valtteri Bottas - 0.6m
18º Lewis Hamilton - 0.5m
19º Fernando Alonso - 0.4m
20º Max Verstappen - 0.2m

*dados estimados, em milhões de dólares

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