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Ricciardo está de volta à F1 com uma tranquilidade inimaginável há 1 ano

Preparem-se para uma enxurrada de conteúdo com Daniel Ricciardo como estrela nos próximos dias. E não é só porque ele está de volta ao grid da Fórmula 1 neste fim de semana, após ficar de fora de cinco corridas devido a um acidente sofrido nos treinos livres do GP da Holanda. Afinal, é época de GP dos Estados Unidos, em Austin. O australiano Ricciardo diz que tem coração texano, os americanos amam o jeito expansivo dele, e o piloto está vivendo uma fase que há tempos não vivia.

Até mesmo quando Ricciardo vivia uma fase muito ruim na McLaren e estava cercado de boatos sobre uma aposentadoria compulsória e prematura, há 12 meses, ele apareceu em Austin na quinta-feira de entrevistas vestido de cowboy, com uma jaqueta com a bandeira dos EUA, andando a cavalo. O sorriso estampado de orelha a orelha.

Naquela época, as conversas para a volta à Red Bull como piloto reserva já estavam adiantadas. Isso fazia sentido para o piloto, que chegou na F1 com o apoio dos austríacos, para manter alguma ligação com a categoria (sendo bem pago para isso). E também para a Red Bull, sabendo do valor comercial de Ricciardo especialmente no mercado que a F1 busca conquistar.

Projeto de Ricciardo não era voltar em 2023. Nem com a AlphaTauri

Um ano depois, o que parecia um grande passo atrás está dando uma tranquilidade que Ricciardo não tinha há tempos. Com a lesão e tudo. Ele está chegando a Austin não só carregado de eventos promocionais e como o rosto da Red Bull na tentativa de fisgar o público norte-americano. Mas também com um contrato fechado para 2024 e uma chance real de reerguer sua carreira.

Era um cenário que nem o próprio Ricciardo entendia como possível poucos meses atrás. Ele já tinha uma série de compromissos comerciais fechados (principalmente para Austin e a corrida de Las Vegas, mês que vem) e não via a AlphaTauri como uma rota de retorno.

Até que sua atuação no simulador da Red Bull chamou a atenção, a equipe lhe deu um dia de testes, e ele se abriu não apenas para a possibilidade de voltar no meio do ano, como também para fazer esse retorno pela acanhada equipe de Faenza.

Ricciardo se encaixa na "nova" AlphaTauri

O próprio projeto da equipe tinha mudado. Eles passarão a ser menos independentes em 2024 e, embora a fábrica na Itália seja mantida, o número de funcionários trabalhando na Inglaterra, ou seja, perto da Red Bull, vai aumentar. Assim como a quantidade de peças que serão vendidas pela Red Bull para a AlphaTauri.

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Será um esquema mais parecido com o de Ferrari e Haas. A equipe norte-americana tem uma base na Inglaterra e outra na Itália, colada à sede ferrarista. É onde estão os engenheiros.

A avaliação da Red Bull é de que o retorno técnico que Ricciardo tem a experiência para dar será importante nesta fase, ao mesmo tempo em que a Red Bull fica com uma opção na manga caso precise remanejar seus pilotos.

Ricciardo não é a primeira opção para substituir Sergio Perez no final de 2024. Mas inegavelmente tem uma plataforma muito melhor do que tinha há 12 meses para mudar isso. Ou quem sabe para se colocar no mercado novamente em outra equipe, lembrando que vários contratos acabam no final do ano que vem.

Daniel Ricciardo saindo do centro médico no circuito de Zandvoort
Daniel Ricciardo saindo do centro médico no circuito de Zandvoort Imagem: Julianne Cerasoli/UOL Esporte

Nem as cinco corridas que perdeu devido às fraturas que sofreu na mão esquerda mudaram essa fase de valorização de Ricciardo. Ele foi confirmado na AlphaTauri em 2024 mesmo após duas provas desde seu retorno ao grid, e mesmo que seu substituto, Liam Lawson, tenha mostrado o quão pronto está para a vaga de titular.

Ricciardo, por sua vez, foi bem na Hungria, quando as condições da pista ajudaram o carro da AlphaTauri a ter um de seus dias mais previsíveis. E não foi tão bem no frio na Bélgica.

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O carro mudou de lá para cá, passou por uma atualização significativa. Melhorou. As condições em Austin também devem ajudar. E os acontecimentos dos últimos meses, desde o teste em julho, têm tudo para aliviar toda a pressão que o australiano viveu desde que começou a sofrer para bater Lando Norris na McLaren.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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