Pilotos vão para o GP 'no escuro' após sexta acidentada e Drugovich vai bem
A segunda sessão de treinos livres em Abu Dhabi é mais importante do que na grande maioria das corridas da temporada por conta dos horários. É a única vez que os pilotos estão na pista na mesma hora da corrida, começando com a pista mais quente ao entardecer, e depois com o asfalto esfriando. Mas dessa vez os pilotos não tiveram tempo para fazer simulações de corrida significativas, depois que acidentes interromperam a segunda sessão em duas oportunidades.
Isso fez com que os pilotos não pudessem tirar muitas informações, e pode fazer com que algumas equipes tenham que ser mais conservadoras no acerto. Isso porque vários carros estavam tão baixos que batiam no asfalto com frequência o que, na corrida, pode gerar desgaste acelerado da prancha de legalidade, o que geraria uma desclassificação, como aconteceu com Lewis Hamilton e Charles Leclerc no GP dos EUA.
A Ferrari, inclusive, era um dos carros que estavam mais baixos, o que colaborou para Carlos Sainz ir parar no muro. Quando o treino foi reiniciado, Nico Hulkenberg também bateu, deixando a ação para os 15 minutos finais, usados pela maioria dos pilotos para fazer simulações de classificação.
Com todas as dificuldades, os carros ficaram bem próximos. Charles Leclerc foi o mais rápido, mas Lando Norris ficou a apenas 43 milésimos do monegasco e Max Verstappen foi o terceiro, a menos de três décimos da Ferrari.
Haverá ainda outra sessão de treinos livres, mas com a pista muito mais quente, no meio da tarde em Abu Dhabi. Para completar, quase todas as equipes usaram a primeira sessão de treinos livres para respeitar a vaga de darem o carro para um piloto jovem, além de muitas terem testado novidades já pensando no ano que vem, quando o regulamento da F1 fica estável.
Um dos pilotos que andaram foi Felipe Drugovich, que fez testes aerodinâmicos no começo da sessão e depois teve um jogo de pneus novos para buscar uma volta rápida e foi o segundo mais rápido. O brasileiro da Aston Martin disse que teve dificuldades para encontrar a melhor configuração de equilíbrio de freio, e por isso fez sua melhor volta na segunda tentativa. Ou seja, ele acredita que teria liderado a sessão se tivesse conseguido a melhor configuração já para a primeira volta do pneu novo.
F1 vai mudar a sprint, mas ainda não sabe como
A FIA anunciou uma série de decisões da Comissão de F1, mas nada de muito bombástico. Foi aberta a possibilidade dos carros conterem um duto de ar posicionado no halo para refrigerar os pilotos, os testes com as calotas anti-spray para corridas com chuva continuará sendo testado, os cobertores de pneus vão continuar a serem usados pelo menos até 2025.
Outro anúncio foi sobre a sprint. Haverá mudanças, mas os detalhes ainda estão sendo finalizados. É esperado que pelo menos a programação seja trocada, com a classificação da sprint acontecendo na sexta-feira, a sprint no sábado de manhã, e a classificação para o GP continua no mesmo horário das outras etapas sem sprints. E também deverá haver mudanças no parque fechado, permitindo que as equipes façam algumas alterações.
Mas há propostas bem mais ousadas do que isso, como experimentar inverter o grid na sprint e fazer dessas corridas um campeonato separado. O anúncio é esperado para os próximos dias.
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