Leclerc 'copia' Verstappen e fecha contrato longo com a Ferrari. E Sainz?
Charles Leclerc nem esperou a temporada da Fórmula 1 começar e já renovou seu contrato com a Ferrari. O acordo anterior acabaria no final deste ano e a extensão foi por "múltiplos anos". Rumores dos últimos meses apontavam para um contrato até 2029, com cláusulas que abrem a possibilidade de uma saída em 2027.
Seria um contrato longo, mas semelhante ao assinado por Max Verstappen com a Red Bull em 2022: uma extensão de cinco anos, encerrando em 2028, mas com possibilidades de saída duas temporadas antes.
O ponto importante de ambos os contratos é a aposta de Leclerc e de Verstappen no projeto de suas atuais equipes para 2026, quando a F1 terá mudanças profundas no regulamento. Está fechada a estreia de uma nova unidade de potência, com mais energia elétrica (usando um sistema mais simples do que atual) e 100% do motor a combustão movido a biocombustível. E há negociações para alterações também no regulamento dos carros.
Leclerc é cria da Ferrari, tendo entrado na Scuderia por meio da academia do time, e estreou na F1 em 2018 por uma de suas clientes, a Alfa Romeo. Na Ferrari desde 2019, ele rapidamente ganhou espaço e se tornou a grande esperança dos tifosi para voltar a vencer um campeonato depois de mais de 15 anos.
Piloto muito rápido e vencedor nas categorias de base, Leclerc sempre esteve em uma posição de ataque na F1, buscando resultados com carros que só foram superiores em poucas oportunidades. E isso, aliado a seu estilo arrojado e sua maneira de acertar o carro de um jeito que o deixa arisco, acabou levando-o a alguns acidentes e erros. Mas a confiança da Ferrari no talento dele é clara.
Tão clara que acaba faltando espaço para seu companheiro, Carlos Sainz. O espanhol passou parte do campeonato passado à frente de Leclerc, terminou apenas seis pontos atrás, e foi o único piloto a vencer uma corrida em 2023 a bordo de um carro que não o Red Bull. Mas mesmo assim ele não consegue o mesmo status dentro da equipe.
Isso tem feito com que Sainz fique atento a outros movimentos no mercado, que promete ser movimentado em 2024, com a maioria dos pilotos sem contrato para o ano que vem. Seu nome apareceu várias vezes ligado à Audi, que entra na F1 em 2026, mas essa seria uma mudança ousada, até porque o projeto dos alemães estaria atrasado em relação aos rivais no momento.
Do lado da Ferrari, o chefe Fred Vasseur declarou em algumas oportunidades preferir que a Scuderia tenha um período de estabilidade para poder continuar no caminho de crescimento que teve ao longo da temporada passada. Eles foram o segundo time que mais pontuou na segunda metade do ano, e carregará os mesmos conceitos que passou a adotar, especialmente a partir da atualização do GP da Espanha, no carro de 2023.
A temporada 2024 da F1 começa em 2 de março, um sábado, no Bahrein.
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